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Negociador palestino exige fim de colonização para retomar diálogo
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DA EFE, EM RAMALLAH
O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, reiterou nesta terça-feira que não haverá negociações de paz com Israel sem o congelamento da construção de assentamentos e a aceitação da solução de dois Estados por parte do governo israelense.
"Estas não são condições palestinas, mas obrigações israelenses da primeira fase das negociações", disse Erekat em referência ao plano de paz do Quarteto para o Oriente Médio (formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU) durante uma reunião em Ramallah com o secretário de Estado adjunto dos EUA para o Oriente Médio, Jeffrey Feltman.
Segundo um comunicado de seu escritório, o negociador indicou a Feltman que a pretensão palestina de entrar na ONU como membro de pleno direito continuará.
Erekat pediu ao governo dos Estados Unidos que deixe de considerar Israel como um Estado "que se encontra acima da lei" e fez um apelo a Washington para que exerça mais pressão sobre o Executivo israelense para libertar os palestinos presos desde antes do Acordo de Oslo, de 1993.
O Quarteto fez insistentes pedidos às partes desde setembro, quando os palestinos apresentaram seu pedido de entrada na ONU, para que retomassem as negociações diretas, suspensas há mais de um ano.
Por outro lado, Nimir Hammad --conselheiro do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas-- garantiu que a entidade "não cederá à extorsão", em resposta à ameaça feita por alguns porta-vozes israelenses de voltar a congelar os impostos recolhidos por palestinos se eles persistirem em sua reivindicação à ONU.
A rádio israelense informou nesta terça-feira que o governo consideraria novamente reter os fundos, que descongelou na semana passada, se os palestinos voltarem a solicitar a entrada nas Nações Unidas.
O governo israelense já havia decidido no início de novembro congelar a transferência desses fundos aos palestinos depois que foram aceitos como membros na Unesco.
Hammad afirmou à agência palestina Ma'an que a ANP "prosseguirá em seus esforços para estabelecer um Estado independente nas fronteiras de 1967 com Jerusalém Oriental como capital" e "não retrocederá em seu empenho" de ingressar nas Nações Unidas como membro de pleno direito.
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