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20/12/2011 - 09h50

Jornalistas são detidos por suposta colaboração com PKK na Turquia

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DA EFE, EM ANCARA

A polícia turca prendeu nesta terça-feira ao menos 35 pessoas, a maioria jornalistas, em uma nova onda de detenções contra a União de Comunidades do Curdistão (KCK), considerada como a "rede urbana" do grupo armado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Segundo a edição digital do jornal "Hürriyet", os detidos são acusados de ser "membros do comitê de cultura e imprensa do KCK".

"As operações começaram simultaneamente nesta madrugada e a polícia revistou casas e escritórios, que ainda estão sendo inspecionados", disse Ibrahim Aydin, redator-chefe do jornal de esquerda "BirGün".

Aydin acrescentou que a polícia deteve duas colaboradoras do jornal, sendo que uma delas, Zeynep Kuray, foi presa em sua casa e ainda não há informações sobre o motivo. A maioria dos jornalistas detidos, entretanto, trabalha na imprensa curda.

Também foram presos um fotógrafo da agência France Presse e um colaborador do jornal "Vatan".

Segundo o último Relatório de Progresso da União Europeia, cerca de 2.000 pessoas foram detidas na Turquia em várias operações contra o KCK.

Na última onda de prisões, que ocorreu em diversas cidades em 1º de novembro, foram detidos uma professora, Busra Ersanli, e um editor e jornalista, Ragip Zarakolu, conhecido por seu ativismo em favor dos direitos humanos.

Mais de 700 intelectuais, professores, jornalistas e escritores turcos assinaram um manifesto de protesto pelas prisões.

IMPRENSA

Ahmet Abakay, presidente da Associação de Jornalistas Progressistas (CGD), declarou que um dos membros da organização está entre os detidos desta terça-feira, e pediu que "a imprensa e os jornalistas protestem".

"Essa opressão contra os jornalistas cria uma atmosfera de medo e autocensura e transforma a Turquia em um país de segunda classe", afirmou.

As associações de imprensa informam que 25 jornalistas foram detidos em Istambul e os demais em cidades como Mersin, Diyarbakir, Van, Sirnak --todas elas curdas--, além de Ancara e Esmirna.

Entre os alvos da operação, estão também as três agências de notícias pró-curdas Etha, Diha e ANF, além do jornal "Özgür Gündem".

 

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