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26/12/2011 - 08h46

Síria espera mais observadores da Liga Árabe em meio a violência

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A chegada de mais observadores da Liga Árabe à capital síria, Damasco, está programada para acontecer nos próximos dias, como parte parte dos esforços assumidos pelo regime de Bashar Assad de parar a onda de violência contra opositores no país.

Segundo uma fonte não identificada citada pela agência de notícias Reuters, o grupo de mais 30 monitores da organização deve começar sua missão visitando a cidade de Homs na terça-feira. A delegação deve visitar também Damasco, Hama e Idlib.

Se confirmada a visita, a Liga Árabe atende o pedido do grupo opositor CNS (Conselho Nacional Sírio) --que reúne boa parte da oposição ao regime-- pelo envio imediato de observadores à região sitiada de Homs e outras áreas onde as forças de Assad realizam ações violentas.

A cidade central de Homs tem sido um dos principais focos de repressão do regime de Assad em nove meses de manifestações contra o ditador no poder, e cenário de violentos confrontos entre o Exército e soldados desertores.

Uma primeira equipe da Liga Árabe chegou na quinta-feira (22) à Síria para preparar o envio de mais monitores que irão avaliar se o governo local está cumprindo um plano de paz definido no mês passado. O plano prevê a retirada das Forças Armadas das ruas, a libertação de presos políticos e um diálogo com a oposição.

Mohamed Omar/Efe
Garoto sírio leva uma vela durante vigília no Cairo em apoio a manifestantes na Síria
Garoto sírio leva uma vela durante vigília no Cairo em apoio a manifestantes na Síria

O regime havia assinado no Cairo o acordo da Liga Árabe que previa a entrada de observadores internacionais na Síria, como parte do esforço internacional para pôr fim à repressão aos protestos populares que, desde meados de março, pedem a saída de Assad do poder.

O CNS acusa o regime de ter transferido "milhares de presos a guarnições militares fortificadas" onde os observadores da Liga Árabe não têm acesso. Segundo o conselho, o objetivo das autoridades é esconder dos observadores "qualquer rastro que provem os assassinatos, os atos de tortura e as valas comuns".

As emendas exigidas pela Síria, e aprovadas pela organização pan-árabe, ao protocolo que enquadra a missão de observadores estipulam que estes últimos estão autorizados a visitar os centros de detenção, os hospitais, as delegacias, mas não as guarnições militares por razões de "soberania nacional".

VIOLÊNCIA

A expectativa pela chegada de novos observadores aumenta em um momento em que a violência continua pelo país, segundo relatos de grupos opositores ao regime e ativistas defensores dos direitos humanos.

Ao menos 13 civis morreram nesta segunda-feira e dezenas ficaram feridos na cidade de Homs, uma das fortificações da oposição, que foi bombardeada pelas forças leais ao regime de Bashar Assad, segundo o OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos).

16.dez.11/Reuters
Imagem do dia 16 de dezembro mostra protesto de opositores realizado na região de Homs
Imagem do dia 16 de dezembro mostra protesto de opositores realizado na região de Homs

O grupo opositor indicou que conseguiu confirmar a identidade de seis mortos, que perderam a vida no bairro de Bab Amro, onde estão se concentrando os ataques das forças do regime.

O Observatório destacou que o ataque desta segunda-feira é o mais intenso contra o distrito de Bab Amro dos últimos três dias, como teria relatado uma testemunha.

Assembleia Geral das Nações Unidas já aprovou uma resolução que condena os direitos humanos na Síria, onde a repressão do regime a protestos populares deixaram mais de 5.000 mortos, segundo estimativas da própria ONU.

Apesar da estimativa, o regime se defende dizendo que está combatendo grupos armados terroristas apoiados por interesses estrangeiros. Segundo as autoridades sírias, cerca de 2.000 membros das forças de segurança já morreram nas ações contra o terrorismo no país.

 

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