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Corvos e ursos choram morte de líder norte-coreano, diz agência
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DA REUTERS, EM SEUL
A morte do ditador norte-coreano Kim Jong-il foi marcada por uma onda de frio e por ursos enlutados, e agora, segundo a imprensa oficial da Coreia do Norte, por revoadas de corvos.
Kim, que morreu em dezembro, aos 69 anos, após 17 anos à frente do mais fechado regime do mundo, tinha a fama de controlar o tempo, segundo a imprensa oficial, além de ter feito uma jogada miraculosa num jogo de golfe.
"Por volta de 17h30 de 19 de dezembro de 2011, centenas de corvos apareceram do nada e pairaram sobre uma estátua do presidente Kim Il-sung no campus da Escola Changdkok, no distrito de Mangyongdae, grasnando como se estivessem lhe contando a má notícia", disse a agência estatal de notícias KCNA nesta segunda-feira.
Kim morreu no dia 17, ao sofrer um infarto a bordo de um trem, mas sua morte só foi anunciada no dia 19. Ele foi sucedido por seu filho caçula, Kim Jong-un, que se tornará o terceiro líder de um regime que já foi chefiado por seu avô, Kim Il-sung. A construção de mitos é parte importante do culto à personalidade que cerca a família.
Na semana passada, a KCNA noticiou que uma família de ursos, que nesta época deveria estar hibernando, foi vista lamentando a morte de Kim Jong-il.
"Os ursos, supostamente uma mãe e sua cria, estavam na estrada, chorando penosamente", disse a reportagem.
No caso de Kim Jong-un, guindado ao poder antes de completar 30 anos, a construção do mito já começou. Ele é retratado como sósia do seu avô, e foi apelidado de "gênio dos gênios" em questões militares, apesar da sua inexperiência nesse campo.
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