Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/01/2012 - 22h19

Indígenas cercam usina de extração de gás na Bolívia

Publicidade

DA FRANCE PRESSE, EM LA PAZ

Indígenas guaranis paralisam há três dias as obras de uma usina de extração de gás liquefeito no leste da Bolívia exigindo compensações para permitir a construção no que consideram ser seu território, informou nesta quarta-feira uma fonte oficial.

"Neste momento, a usina (localizada na região de Río Grande, a cerca de 1.100 km a sudeste de La Paz) está sitiada, os trabalhadores não podem entrar, interrompemos o trabalho", informou Carlos Villegas, presidente da estatal petroleira boliviana YPFB a jornalistas locais.

Em troca da construção da usina, a Assembleia do Povo Guarani (APG) Takovo Mora pede um ressarcimento de US$ 37 milhões, solicitação que "praticamente inviabiliza um projeto que é de interesse nacional", disse Villegas.

O projeto custa US$ 157 milhões.

Um porta-voz da APG, Higinio Coca, explicou a veículos locais: "foi paralisado o trabalho (da usina de Río Grande), porque nós somos claros: pedimos a consulta [ao povo guarani] para este tema e não o fizeram".

Segundo Villegas, os indígenas não têm direito de propriedade sobre essas terras depois de uma decisão de um Tribunal Agrário Nacional, no último 5 de dezembro, e a licença ambiental entregue posteriormente pelo Ministério do Meio Ambiente.

"Estamos em uma situação na qual a APG sitiou a Usina de Río Grande desconhecendo a resolução do Tribunal Agrácio Nacional, esta resolução nos exime de fazer a consulta", explicou Villegas.

Uma missão oficial, liderada pelo ministro de Hidrocarbonetos, José Luis Gutiérrez, dirigiu-se para o local para abrir negociações com os guaranis, segundo fontes de seu escritório.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página