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23/01/2012 - 10h30

Terremoto é mais provável do que diz Japão, aponta estudo

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DA REUTERS, EM TÓQUIO

A ocorrência de um grande terremoto em Tóquio nos próximos anos é muito mais provável do que prevê o governo, disseram pesquisadores da Universidade de Tóquio nesta segunda-feira, alertando empresas e indivíduos para que se preparem para tal evento.

Segundo o estudo feito, há um risco de 70% de que um tremor de magnitude 7 atinja a parte sul da região metropolitana de Tóquio nos próximos quatro anos. As estimativas do governo preveem tal possibilidade em um período de tempo bem maior: três décadas.

Um terremoto de magnitude 9, o mais forte da história do Japão, e um subsequente tsunami devastaram a costa do nordeste japonês em março. O desastre deixou 23 mil mortos ou desaparecidos e danificou a usina nuclear de Fukushima Daiichi, desencadeando cortes de energia e vazamentos de radioatividade que causaram remoções em massa e contaminação em larga escala.

Um evento semelhante, segundo os pesquisadores, pode voltar a acontecer nos próximos quatro anos, mas o governo estima uma probabilidade de 70% de um evento assim nas próximas três décadas.

Um estudo do governo afirma que um tremor de magnitude 7,3 no centro da Baía de Tóquio causaria cerca de 11 mil baixas e destruiria aproximadamente 850 mil edifícios, embora um pesquisador da Universidade de Tóquio tenha dito ser difícil prever o impacto de um grande terremoto na cidade.

"O risco de um terremoto de magnitude 7 acontecer (na área) aumentou desde o tremor de março", disse Shinichi Sakai, um professor associado do instituto. "No momento, governo, indivíduos e empresas devem se preparar para isso".

Uma autoridade do governo disse que a estimativa da Universidade de Tóquio se baseou em um modelo diferente. Os cálculos da universidade levam em conta o aumento da atividade sísmica desde março, enquanto o governo utiliza dados mais antigos.

TREMORES

Quintuplicou o número de tremores na área metropolitana de Tóquio desde o desastre de março, afirmou a equipe de pesquisadores, baseando seus cálculos em dados da Agência Meteorológica do Japão.

O Japão, situado no "Anel de Fogo" --um arco de vulcões e valas oceânicas que circundam em parte a Bacia do Pacífico-- responde por cerca de 20% dos terremotos de magnitude 6 ou mais em todo o mundo.

Um tremor de magnitude 7.3 atingiu o centro do Japão em 1995, devastando a cidade portuária de Kobe, matando mais de 6.400 pessoas e causando prejuízos estimados em US$ 100 bilhões.

O Grande Terremoto de Kanto, em 1923, teve magnitude 7,9 e matou mais de 140 mil pessoas na região de Tóquio. Sismólogos já disseram que outro tremor deste tipo pode atingir a cidade a qualquer momento.

 

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