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26/01/2012 - 05h29

Motim destitui máximo chefe militar de Papua Nova Guiné

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DA EFE

O líder dos militares sublevados em Papua Nova Guiné, o coronel retirado Yaura Sasa, exigiu nesta quinta-feira o retorno de Michael Somare como primeiro-ministro, cargo disputado em meio a uma crise institucional.

"Faço uma chamada ao chefe de Estado (o governador-geral Michael Ogio) para que restaure imediatamente no poder Sir Michael Somare", exigiu Sasa em declarações citadas pela agência australiana AAP.

Sasa liderou nesta quinta-feira 20 soldados armados que se sublevaram, sem causar derramamento de sangue, por volta das 3h locais (15h de quarta-feira em Brasília) e colocaram sob prisão domiciliar o máximo chefe militar do país, o brigadeiro Francis Agwi, segundo a emissora australiana ABC.

Sasa, que se autoproclamou líder do Exército papua, deu prazo de sete dias aos políticos para que respondam a suas exigências, informou a AAP.

Este confuso incidente ocorre em meio a uma crise política em Papua Nova Guiné, que tem dois primeiros-ministros, um deles Somare, reconhecido pela Suprema Corte, e Peter O'Neill, reconhecido pelo Parlamento e o governador-geral do país.

Somare, que assumiu a chefia do governo de Papua Nova Guiné após a independência em 1975 e mantinha-se no cargo ininterruptamente desde as eleições de 2002, teve de submeter-se a um longo tratamento de saúde em Cingapura no ano passado.

No início de agosto, após mais de quatro meses de ausência de Somare, o Parlamento declarou vaga a chefia do governo e escolheu para o cargo Peter O'Neill, até que em 12 de dezembro a Suprema Corte ordenou a reinstalação de Somare, já outra vez no país após sua convalescença.

Em 19 de dezembro, o governador-geral papua confirmou O'Neill como primeiro-ministro do país, após invalidar o ato pelo qual Somare havia sido investido nesse cargo dias antes.

Sasa explicou desde o quartel Murray que seu dever é "restaurar a integridade e o respeito à Constituição e ao Poder Judiciário", e exigiu que O'Neill convoque o Parlamento e lhe dê um prazo de sete dias para "solucionar" o caos constitucional.

As portas do quartel Murray, na capital papua, permanecem fechadas, e espera-se que O'Neill se aproxime do local com as tropas leais a ele.

 

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