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Presidente da Colômbia rejeita ajuda de mediadores em diálogos de paz
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DA ANSA, EM BOGOTÁ
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu nesta terça-feira para que mediadores de processos de paz parem de atuar nos diálogos com a guerrilha local.
"Apresentaram todo tipo de iniciativas, mandam argumentos, personagens nacionais, personagens internacionais que querem fazer uma proposta, que querem criar um grupo, que querem intervir", disse Santos, durante uma reunião.
O mandatário completou que "a resposta é a mesma que dei a vários chefes de Estado que, de muita boa vontade, se ofereceram na última reunião da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos): o melhor nesta altura é que não façam nada, que não se metam".
Segundo o governante, o melhor que essas pessoas podem fazer é esperar para ver "se no dia de amanhã, como dissemos tantas vezes, apresentam-se as circunstâncias adequadas".
Santos acrescentou que "o mais inconveniente" em relação à paz em seu país é que se criem grupos ou "façam propostas públicas", já que "isso não contribui, mas, pelo contrário, gera um ambiente negativo e contraproducente".
AJUDA
O governo da Colômbia reiterou na segunda (30) sua oferta para coordenar o resgate de seis reféns do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
A oferta foi feita pelo ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón Bueno, um dia após a associação "Colombianos e Colombianas pela Paz" (CCP), liderada pela ex-senadora Piedad Córdoba, ter pedido a empresários do país uma contribuição para alugar um helicóptero para a operação de resgate.
"Francamente, não é necessário buscar financiamento, se nos disserem amanhã onde estão [os reféns], podemos enviar helicópteros militares ou qualquer aeronave", afirmou Bueno.
Ele agregou que "o importante" é "trazer estas pessoas sãs e salvas a seus lares o quanto antes, sem continuar com este espetáculo midiático".
Em liberações anteriores, o governo do Brasil deu apoio logístico, emprestando aeronaves para levar os sequestrados a centros urbanos. O atual governo colombiano, no entanto, é contra a intervenção de outros países nas operações de resgate.
A Colômbia vive um conflito interno há mais de 40 anos, com a atuação de guerrilhas armadas, em especial as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
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