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Estabilidade é tarefa urgente no Tibete, diz regime chinês
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DA REUTERS, EM PEQUIM
A região chinesa do Tibete tem a urgente tarefa de manter a estabilidade, e todos os funcionários do governo precisam ficar atentos, disse um jornal estatal do regime chinês nesta segunda-feira. O alerta veio por ocasião do Ano Novo tibetano e do quarto aniversário de uma onda de distúrbios.
A China intensificou a vigilância na Região Autônoma do Tibete e em outras áreas com presença étnica tibetana depois de uma recente série de autoimolações e protestos contra o domínio chinês, principalmente nas províncias de Sichuan e Gansu.
Sem mencionar esses incidentes, o "Diário do Tibete" disse que a região enfrenta o premente desafio de manter a estabilidade, especialmente em março, quando se completam quatro anos da onda de distúrbios nas regiões tibetanas da China. O Losar (Ano Novo tibetano) cai em 22 de fevereiro.
A China controla o Tibete desde 1950, quando a região foi invadida por tropas comunistas chinesas. O regime chinês rejeita as críticas de que estaria prejudicando a cultura e a religião locais, afirmando que seu domínio acabou com a servidão e levou desenvolvimento a uma região antes atrasada.
O "Diário do Tibete" afirmou, citando uma nota do Partido Comunista, que os departamentos governamentais em todos os níveis "devem dedicar todos os seus esforços para a manutenção de uma situação social estável e unificada na nossa região".
As autoridades precisam "ter a cabeça tranquila, e reconhecer plenamente a extrema importância e urgência do trabalho de manter a estabilidade", além de "implementar sem avareza todas as medidas" destinadas a esse fim, disse o jornal.
PROTESTOS
Entidades de apoio aos tibetanos dizem que ao menos sete pessoas foram mortas a tiros e dezenas ficaram feridas durante a repressão da China a protestos do mês passado em localidades com presença étnica tibetana na província de Sichuan.
O regime chinês atribui repetidamente os protestos a tibetanos no exílio, incluindo o seu líder espiritual, o dalai-lama, que fugiu para a Índia em 1959, após uma frustrada rebelião.
O governo tibetano no exílio disse nesta segunda-feira que a onda de autoimolações indicam "que as políticas chinesas no Tibete atingiram novos níveis de repressão".
O jornal estatal "China Daily" defendeu nesta segunda-feira que o desemprego juvenil provavelmente também contribuiu para os recentes incidentes no condado de Seda, província de Sichuan.
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