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Equador convoca audiência sobre jornal opositor para quarta-feira
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DA EFE, EM QUITO
A Justiça do Equador convocou para a próxima quarta-feira (15) a audiência que pode mudar a condenação ao jornal "El Universo, que foi obrigado a pagar US$ 40 milhões de indenização ao presidente Rafael Correa após a publicação de um editorial contrário ao mandatário.
A informação foi relatada pelo próprio diário imputado, que recebeu a informação na tarde de sexta-feira. A audiência acontecerá às 9h locais (12h em Brasília), mas a defesa do presidente não confirmou a convocação.
Joffre Campaña, do departamento jurídico do "El Universo", entrou com um pedido de adiamento do recurso, por considerar que os juízes responsáveis foram muito "rápidos" em marcar a audiência.
Três diretores do jornal, os irmãos Carlos, Nicolás e César Pérez, e o então chefe da seção de opinião, Emilio Palacio, foram condenados a três anos de prisão e pagamento de US$ 40 milhões de indenizações para o presidente Rafael Correa.
As penas foram imputadas devido a um artigo escrito por Palacio em fevereiro de 2011 em que afirmou que Correa "poderia ser acusado de crimes contra a humanidade por ordenar disparos" a um hospital em Quito, onde ficou cercado durante nove horas na rebelião policial de setembro de 2010.
EXÍLIO
Um dos acusados, o ex-chefe da seção de opinião do jornal equatoriano "El Universo", Emilio Palacio, afirmou na quarta (8) que acredita na aprovação de um pedido de asilo aos Estados Unidos e chamou de "vergonhosa" na recente condenação a outros jornalistas do país por fazer oposição ao presidente Rafael Correa.
Palacio foi à embaixada dos Estados Unidos em Quito acompanhado por seus advogados para responder às perguntas das autoridades americanas, um dos passos para conseguir o asilo político.
Em entrevista à agência Efe, o jornalista disse que respondeu "apenas esclarecimentos" e que o encontro permitiu que ele "desabafasse". Ele também pediu residência à esposa e aos filhos. A resposta sairá em seis meses.
Palacio foi condenado na terça (7) a três anos de prisão em um processo feito pelo presidente Rafael Correa após uma coluna do "El Universo", que o mandatário considerou injuriosa. Ele afirmou que é vítima de "uma campanha de assédio constante e perseguição" do governo do país.
"Todos os países têm seu capítulo histórico de vergonha, e esse vai ser um dos equatorianos. Em vez de perseguir os autores de uma negociação multimilionária, perseguem os jornalistas que a denunciaram e revelaram a verdade".
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