Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/03/2012 - 02h37

Obama pede a líderes norte-coreanos que tenham "a coragem de buscar a paz"

Publicidade

DA EFE

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta segunda-feira (26) aos líderes norte-coreanos que tenham "a coragem de buscar a paz" e dar uma nova vida aos cidadãos da Coreia do Norte, renunciando ao desenvolvimento de armamento nuclear.

Em discurso na Universidade Hankuk de Seul, o presidente americano se referiu à ameaça norte-coreana de lançar um satélite de observação sobre um míssil de longo alcance e insistiu em que "não haverá recompensas para as provocações".

A Coreia do Norte anunciou no dia 16 de março sua intenção de lançar um satélite de observação terrestre em abril, coincidindo com as comemorações pelo centenário do nascimento do fundador do país, Kim Il-sung.

Imagens de satélite mostram movimentação de foguete na Coreia do Norte
Obama questiona liderança de Kim Jong-un na Coreia do Norte

"Os Estados Unidos não têm intenções hostis em relação a seu país. Estamos comprometidos com a paz, e estamos dispostos a dar passos para melhorar as relações", insistiu o presidente americano, em mensagem direta às autoridades norte-coreanas.

Segundo disse, "suas provocações e sua busca de armamento nuclear não alcançaram a segurança que os senhores buscam, a prejudicaram".

"Em vez da dignidade que desejam, ficaram mais isolados e a comunidade internacional lhes impôs sanções mais duras", continuou Obama.

"Esta é a opção que têm. Esta é a decisão que devem tomar. E hoje, Pyongyang, dizemos que tenham a coragem de buscar a paz e dar uma vida melhor ao povo da Coreia do Norte", declarou o presidente americano.

COREIA DO SUL

O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Kim Hwang-sik, pediu nesta segunda-feira a Pyongyang que cancele o lançamento do satélite de observação previsto para abril durante a cerimônia do segundo aniversário do afundamento da embarcação sul-coreana "Cheonan".

Kim também pediu para se aumentar a segurança para evitar incidentes como o do afundamento da "Cheonan" em 2010, onde morreram 46 soldados sul-coreanos, informou a agência "Yonhap".

Seul atribui o ataque à embarcação "Cheonan" a um torpedo norte-coreano, algo que Pyongyang nega, o que elevou ao máximo a tensão entre ambos os países, em guerra técnica desde o conflito entre os dois países de 1950 a 1953 e terminou com um armistício.

O primeiro-ministro sul-coreano visitou o cemitério de Daejeon, no qual descansam os 46 soldados, destacando que a intenção de Pyongyang de lançar um satélite de vigilância terrestre é uma violação da resolução adotada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 2009 e uma grave provocação

CHINA

A China informou nesta segunda-feira tentará convencer a Coreia o Norte a desistir de seu plano de lançar em abril próximo um satélite com um foguete de longo alcance e mostrou sua preocupação com o impacto que essa ação pode ter na estabilidade da região, informou uma fonte oficial sul-coreana.

O compromisso foi assumido durante a cúpula bilateral mantida entre o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, e o chinês, Hu Jintao, antes do início esta tarde da 2ª Cúpula de Segurança Nuclear em Seul, segundo a fonte. Acrescentou que Pequim já expressou sua preocupação com Pyongyang pelo lançamento.

Embora a questão norte-coreana não faça parte da agenda da cúpula de Seul, foi abordada em encontros bilaterais à margem da reunião, que começa com um jantar de trabalho.

No encontro bilateral entre Lee e Hu, ambos os líderes concordaram em que o lançamento do satélite pode ter um impacto adverso na estabilidade da Península Coreana e nos esforços para retomar as conversas estagnadas de seis lados para a desnuclearização de Pyongyang.

A 2ª Cúpula de Segurança Nuclear, que segue à realizada em Washington em 2010, procura reforçar a cooperação perante a ameaça do terrorismo nuclear.

Comentar esta reportagem

Termos e condições

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página