Atentado mata 11 policiais em região central da Índia

Onze policiais morreram nesta terça-feira na explosão de uma mina no estado de Maharahtra, centro da Índia, em um atentado atribuído pelas autoridades à guerrilha maoísta.

"Temos agora a confirmação de que onze pessoas morreram", declarou à agência France Presse um porta-voz da CPRF (Força Central da Polícia de Reserva, principal força paramilitar indiana), B.C. Khanduri.

Ele acrescentou que o veículo que transportava os policiais passou sobre um artefato explosivo de fabricação artesanal por volta das 3h00 (horário de Brasília) e que outras 29 pessoas ficaram feridas.

Esse mesmo porta-voz havia indicado anteriormente quinze policiais mortos.

O ataque é mais um de uma longa série de atentados da "Rebelião Vermelha", que há décadas alega atuar em defesa dos camponeses sem terra, contra a violência policial e a corrupção.

Este foi o ataque mais mortífero desde junho de 2010 praticado por este movimento de extrema esquerda ativo nas regiões rurais do leste e do centro, que diz lutar pela defesa dos camponeses sem terra, contra a violência policial e contra a corrupção.

O atentado ocorreu no distrito de Gadchiroli, a cerca de 1.000 km da capital do Maharashtra, Mumbai, pouco depois do sequestro de dois estrangeiros pelos rebeldes maoístas no estado de Orissa, leste do país, o primeiro registro de uma ação desse tipo na Índia.

Um dos italianos, Claudio Colangelo, um guia de turismo que vive há dez anos em Orissa, foi libertado.

O outro refém, Paolo Bosusco, 54 anos, continua em poder dos sequestradores.