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Abbas dará a Netanyahu 1 mês antes de recorrer à ONU novamente
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DE SÃO PAULO
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, dará um mês de prazo ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para que as negociações de paz sejam retomadas, antes de retornar às Nações Unidas na busca pela admissão como estado.
A informação foi dada pelo próprio líder palestino a uma delegação de israelenses que representam a Iniciativa de Genebra, um plano informal de paz proposto em 2003 por grupos pacifistas de ambos povos, informou nesta segunda-feira (9) o jornal "Haaretz".
Na reunião, que aconteceu neste domingo (8) em Ramala, Abbas falou da carta que nos próximos dias enviará a Netanyahu por meio de seu primeiro-ministro, Salam Fayyad, para convidá-lo a voltar à mesa de negociações.
Nela, sempre segundo a versão do jornal, exporá a postura palestina, que consiste basicamente em que Israel cesse antes toda a construção nos territórios que ocupa desde 1967.
O líder palestino acrescentou na reunião que dará a Israel um mês de prazo para responder ao seu convite e que, caso não receba uma resposta positiva, retomará a campanha que iniciou no ano passado nas Nações Unidas para ser admitido como estado.
"Não será uma simples carta. Também estará dirigida ao povo israelense e a todo o mundo, e conterá a postura palestina para um acordo de paz com Israel", disse Abbas segundo um dos participantes da reunião.
Em setembro do ano passado, os palestinos apresentaram à ONU um pedido formal para serem admitidos como estado, uma solicitação que está estagnada no Conselho de Segurança pela ameaça de veto dos Estados Unidos.
A alternativa que têm, e que Abbas mencionou como via de ação na reunião com o grupo israelense, é a de recorrer à Assembleia Geral para serem admitidos como estado não-membro, no lugar do status de observador que possuem atualmente.
Netanyahu deve receber a carta na próxima quarta-feira (11) das mãos de uma delegação liderada por Fayyad e da qual também farão parte o assessor presidencial palestino, Yasser Abed Rabbo, e o negociador-chefe, Saeb Erekat.
Na reunião de Ramala também se falou de uma recente proposta do ex-ministro israelense Yossi Beilin, um dos líderes da Iniciativa de Genebra, para que Abbas desmantele a Autoridade Nacional Palestina (ANP), organismo administrativo de transição criado em 1994 para a Cisjordânia e Gaza.
Segundo os Acordos de Oslo, a ANP devia ter se transformado no Estado da Palestina após cinco anos de iniciado o processo, mas os atrasos e o eventual fracasso das negociações em 2000 provocaram uma sangrenta onda de violência.
Beilin, que fazia parte da delegação que ontem visitou Ramala, sugere em um recente artigo na revista "Foreign Policy" que os palestinos deveriam declarar oficialmente o final do processo de Oslo e desmantelar a ANP.
O "Haaretz" assegura que esta proposta foi estudada pelos palestinos e que Abbas garantiu que voltará à agenda se as negociações não forem retomadas.
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