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18/04/2012 - 16h11

Perícia indica falha mecânica em trem que matou 51 em Buenos Aires

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DA EFE, EM BUENOS AIRES

A perícia mecânica do trem que se envolveu em um acidente em Buenos Aires, divulgada nesta quarta-feira, revelou que seus freios funcionavam, com a exceção de um de emergência, mas havia erros na manutenção do veículo que representavam um risco para a segurança.

A composição bateu em uma plataforma da estação Once em 22 de fevereiro, deixando 51 mortos e mais de 700 feridos. A perícia entregue ao juiz Claudio Bonadío, que investiga a causa, afirmou que o maquinista do trem estava apto para sua função, mas não soube reagir durante a emergência.

"O estado do serviço era ruim e o maquinista não trabalhou de acordo com os requerimentos de um serviço em mal estado", destacou.

No caso pontual do trem acidentado, os peritos não encontraram "evidência objetiva de falhas ou anormalidades que incidissem nas causas do acidente", mas advertiram que a maior parte das unidades se encontrava com a manutenção atrasada.

"A falta de manutenção preventiva implica, certamente, em um risco na segurança da operação", afirmaram antes de ressaltar que o sistema de freios funcionava corretamente, com exceção do freio de emergência, que não estava operando.

ACIDENTE

O acidente aconteceu na estação Once, uma das principais da capital argentina, quando a composição, da linha Sarmiento, colidiu contra a plataforma de estação no início da manhã.

Na semana passada, o governo argentino prorrogou pela segunda vez a intervenção da empresa Trens de Buenos Aires (TBA), concessionária do serviço, ordenada seis dias depois da tragédia que causou mais de 700 feridos.

O acidente colocou em destaque o péssimo estado da rede ferroviária e erros nos controles estatais e em medidas de segurança.

O juiz Bonadío admitiu o Estado como autor no processo, mas nos últimos dias um tribunal superior rejeitou esta resolução.

O magistrado convidou 30 pessoas a depor, entre elas os ex-secretários argentinos de Transporte Ricardo Jaime e Juan Pablo Schiavi, que renunciou pouco depois do acidente, diretores da TBA e de organismos de controle ferroviário e policiais.

No meio de duras críticas da oposição e de familiares das vítimas, a presidente argentina, Cristina Kirchner, disse que não terá medo de tomar a decisão necessária com a concessionária TBA, do grupo Cirigliano, empresa nacional de aliados do governo.

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