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Chefe de governo da Jordânia renuncia após 6 meses no cargo
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DA EFE, EM AMÃ
O chefe de governo da Jordânia, Aun Khasawneh, apresentou nesta quinta-feira sua renúncia, seis meses após ter ocupado o posto com a incumbência de fazer as reformas políticas, informou comunicado da Casa Real jordaniana.
Conforme a nota, o rei Abdullah 2º, publicou decreto comunicando que aceita a renúncia de Khasawneh, ex-juiz do Tribunal Penal Internacional.
Khasawneh informou de sua renúncia a partir da Turquia, onde atualmente assiste às celebrações de 50º aniversário da Corte Constitucional do país.
Fontes oficiais consultadas pela agência Efe atribuíram a renúncia à demora do gabinete na adoção de um pacote de reformas políticas, assim como na elaboração da lei eleitoral aceita por todos os grupos políticos.
Khasawneh, de 62 anos, foi embaixador e representou a Jordânia na Assembleia Geral da ONU, antes de fazer parte, em fevereiro de 2000, do Tribunal Penal Internacional, do qual foi vice-presidente entre 2006 e 2009.
Em 17 de Outubro ele foi nomeado primeiro-ministro por Abdullah 2º, que pediu a ele acelerar as reformas políticas após destituir Marouf Bakhit em resposta às manifestações contrárias ao governo.
INSTABILIDADE
Há 14 meses, milhares de jordanianos saem à rua quase todas as sextas-feiras, convocados pela oposição islamita e esquerdista e inspirados na Primavera Árabe, para exigir reformas e o fim da corrupção.
O governo de Khasawneh era o terceiro no país desde o início dos protestos e tinha perfil tecnocrata caracterizado por sua lealdade ao regime, após o fracasso em convencer a oposição, liderada pelos islamitas, de unir-se ao Gabinete.
Uma das esperadas reformas era a promulgação de uma nova lei eleitoral que garantisse um sistema de representação proporcional no Parlamento.
O projeto legislativo apresentado por Khasawneh apontava para esse objetivo, mas não alcançou êxito, por isso foi rejeitado pelos poderosos da Irmandade Muçulmana jordanianos, através de seu braço político, a FAI (Frente de Ação Islâmica).
Outras reformas adotadas pelo Governo foram a formação de um tribunal constitucional, assim como várias emendas a artigos da Constituição.
A renúncia de Khasawneh pode afundar o país em uma crise política, já que, segundo os analistas, o rei costuma nomear um novo primeiro-ministro antes de aceitar a renúncia do anterior, o que nesta ocasião não ocorreu.
NOVO GOVERNO
Após a renúncia, Abdullah 2º encarregou o ex-primeiro-ministro Fayez Tarawneh pela formação de um novo Governo.
Tarauneh, nascido em 1949, ocupou a chefia do Governo entre agosto de 1998 e março de 1999, para depois se transformar no chefe da Casa Real.
Descendente de uma família de políticos ligada à monarquia, Tarawneh também foi membro da equipe jordaniana que negociou com Israel o tratado de paz, assinado em 1996.
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