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Merkel 'joga pôquer' com europeus, diz líder socialista grego
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O líder do partido grego de esquerda radical Syriza, Alexis Tsipras, afirmou nesta quarta-feira, em entrevista para a emissora britânica BBC, que a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, "joga pôquer" com a vida dos europeus ao propor as medidas de austeridade para solucionar a crise da dívida pública.
Grécia marca novas eleições legislativas para 17 de junho
Para o político, "a doença da austeridade destrói a Grécia e se estenderá ao resto da Europa". Segundo ele, os bancos estão se beneficiando da crise ao custo da população europeia, especialmente na Espanha, na Itália e na Grécia, três países que são os mais afetados por problemas financeiros.
"Portanto, as lideranças europeias e especialmente a senhora [Angela] Merkel tem que parar de jogar pôquer com a vida das pessoas".
Tsipras, um dos principais líderes partidários gregos após as eleições de maio, é contrário ao ajuste fiscal e foi um dos principais responsáveis pela dificuldade de formação de um governo na Grécia. Isso levou à convocação de novas eleições no país, marcadas para 17 de junho.
O Syriza, partido de Tsipras, foi o segundo mais votado no país nas eleições parlamentares de 6 de maio e é favorita nas pesquisas de opinião para o pleito de 17 de junho.
A agremiação é abertamente contra as medidas de ajuste fiscal que permitiram ao país conseguir um resgate de € 130 bilhões, em fevereiro, evitando uma moratória que aumentaria a crise financeira na zona do euro.
A entrevista foi publicada horas depois de que o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, afirmar que o plano de ajuda à Grécia "não é negociável".
ELEIÇÕES
O presidente da Comissão Europeia (o braço executivo da UE), José Manuel Durão Barroso, advertiu nesta quarta-feira aos cidadãos gregos que seu voto nas próximas eleições decidirá se o país permanece no euro e cumpre seus compromissos, e avisou que qualquer outra alternativa seria mais dolorosa.
"Corresponde agora aos gregos tomar uma decisão plenamente informada sobre as alternativas, levando em conta que esta será uma eleição histórica", disse Barroso em entrevista coletiva.
O presidente do Executivo comunitário admitiu que "a atual situação está demandando muitos sacrifícios aos gregos", mas ressaltou que o programa pactuado com a zona do euro "é a menos difícil de todas as alternativas".
"Os problemas são reais. Por isso os compromissos da Grécia e dos países do euro devem ser mantidos, não porque a UE queira, mas porque não há alternativa menos dolorosa e difícil", insistiu.
DECISÃO FINAL
"A decisão final de seguir na zona do euro deve ser da Grécia", declarou o político português, que deixou claro que o desejo de Bruxelas é que o país permaneça no euro.
No entanto, salientou que não haverá flexibilidade na hora de aplicar os acordos entre o governo de Atenas e seus sócios da moeda única no que diz respeito às condições impostas em troca do resgate.
"Os acordos selados devem ser respeitados. É importante para a credibilidade da Grécia e da zona do euro cumprir o programa", assinalou.
A Grécia realizará eleições antecipadas no próximo dia 17 de junho, depois que os partidos foram incapazes de formar um governo de coalizão.
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