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20/05/2012 - 20h47

Dia de Jerusalém é festejado por 30 mil israelenses

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma marcha para celebrar o 45º aniversário da reunificação da cidade de Jerusalém reuniu neste domingo cerca de 30 mil israelenses, em sua maioria jovens da direita nacionalista, que passaram, inclusive, por bairros palestinos ocupados em um evento que acabou com a prisão de cinco judeus e dez palestinos.

A manifestação começou na parte judia da cidade e cruzou o bairro muçulmano da Cidade Antiga até o Muro das Lamentações. Em um ambiente de provocação, poder e fervor nacionalista, alguns participantes passaram pela parte islâmica entoando cânticos direitistas, batendo nas portas de casas e de comércios e agitando bandeiras, observados por um grupo de palestinos.

Grupos de jovens israelenses e palestinos trocaram insultos durante a tarde e 15 pessoas foram detidas: dez palestinos que tentavam atacar os manifestantes e cinco israelenses que gritavam frases racistas.

Os israelenses celebravam o 45º aniversário da reunificação da cidade de Jerusalém, que entre 1948 e 1967 esteve dividida entre uma parte ocidental em mãos israelenses e outra oriental em mãos jordanianas.

Menahem Kahana/France Presse
Milhares de israelenses marcharam em direção à cidade antiga de Jerusalém, em comemoração à sua reunificação
Milhares de israelenses marcharam em direção à cidade antiga de Jerusalém, em comemoração à reunificação

O primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu aproveitou a data para anunciar a construção na cidade de lugares bíblicos que explicarão a conexão dos judeus à Terra da Bíblia.

Netanyahu, que esta noite visitará o centro de estudos Harav Krugliak, sede do sionismo religioso, disse que se a Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar mais sagrado do Islã, passasse para outras mãos seria difícil "evitar uma guerra religiosa".

Enquanto isso, o chefe negociador da palestina, Saeb Erekat, interpretou a passagem da manifestação pelo território palestino como uma prova de que a paz não faz parte da agenda do governo israelense.

"Este comportamento reflete a mentalidade de um colonizador mais que a de um suposto parceiro para a paz. Sem Jerusalém Oriental, não haverá Estado palestino", ressaltou em comunicado.

Oliver Weiken/Efe
Mulher palestina é detida pela polícia israelense na cidade antiga de Jerusalém, enquanto judeus comemoravam o Dia de Jerusalém
Mulher palestina é detida pela polícia israelense na cidade antiga, enquanto judeus celebravam o Dia de Jerusalém

Segundo dados divulgados pelo escritório central de estatísticas de Israel, Jerusalém tem 801 mil habitantes, 62% judeus, 35% muçulmanos e 2% cristãos.

Nos bairros palestinos, 78% dos habitantes vive abaixo da linha de pobreza, resposta do "abandono" das autoridades israelenses, segundo um relatório divulgado neste domingo pela Associação de Direitos Civis em Israel.

 

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