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06/06/2012 - 19h41

França rejeita presença do Irã em negociações sobre Síria

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DA FRANCE PRESSE, EM ISTAMBUL (TURQUIA)
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, afirmou nesta quarta-feira que o Irã "não pode exigir de forma alguma" participar da reunião internacional sobre o conflito entre oposição e regime na Síria, proposta mais cedo pela Rússia.

A proposta de participação do país persa foi feita pelo chanceler russo, Sergei Lavrov. Em entrevista à agência de notícias France Presse, Fabius rejeitou qualquer possibilidade de discussão com a República Islâmica.

"O Irã não pode participar de forma alguma, já que isto seria, acima de tudo, contraditório com o objetivo de pressionar fortemente Damasco, e teria ainda uma influência nas discussões em torno do programa nuclear iraniano, algo que não é desejável".

Mais cedo, Lavrov propôs uma ampla reunião internacional, incluindo Irã e Turquia, para discutir a crise na Síria e resgatar as chances de sucesso do plano de paz mediado pelo enviado Kofi Annan.

"Acreditamos que seja necessário montar uma reunião de países com influência real sobre diferentes grupos da oposição. Não há tantos", disse Lavrov durante visita a Pequim.

"São todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, países importantes na região, é a Turquia; não se deve esquecer o Irã, a Liga Árabe, a Organização da Conferência Islâmica; a UE poderia contribuir, eu acho."

DIFERENTE

Ele disse que essa reunião seria "diferente das reuniões dos Amigos da Síria, que são devotadas a apoiar o Conselho Nacional da Síria e suas exigências radicais, seria para que todos os atores externos concordem, honestamente e sem duplos padrões, em cumprir o plano de Kofi Annan, porque todos nós o apoiamos".

Rússia e China têm usado seu poder de veto no Conselho de Segurança para impedir qualquer tipo de punição a seu aliado Bashar al Assad, presidente da Síria, cujas forças são acusadas pela ONU de já terem matado mais de 10 mil pessoas em 15 meses de repressão a protestos pró-democracia.

Annan, enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, propôs em abril um plano de paz que incluía um cessar-fogo, a desmilitarização de áreas urbanas e o início de um diálogo político. O plano entrou em vigor em abril, mas vem sendo repetidamente descumprido desde então.

 

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