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19/06/2012 - 20h09

França ameaça aumentar sanções contra petróleo do Irã

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, afirmou nesta terça-feira que o país pretende aumentar as sanções ao petróleo do Irã caso o país mantenha o programa nuclear, apesar das negociações com as potências mundiais.

"A pressão aumentará sobre o Irã com a plena aplicação do embargo petroleiro pela União Europeia. As sanções continuarão sendo endurecidas enquanto o Irã se negue a negociar seriamente", disse o ministro, em comunicado.

A resposta francesa acontece no mesmo dia em que fracassou mais uma rodada de negociações entre Teerã e o grupo 5+1 --Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha. De acordo com a Chancelaria de Paris, a proposta apresentada pelas potências foi a mesma de maio, mas que foi recusada pelos iranianos.

"A resposta do Irã à oferta do grupo confirmou a grande diferença existente entre as posições das partes e a insistência sobre o reconhecimento de seu direito a enriquecer urânio e o levantamento de todas as sanções".

A França informou que o país persa deve eliminar "as travas que colocou ao aprofundamento do processo relançado em Istambul em abril de 2012", até a próxima reunião entre as partes envolvidas.

FRACASSO

Mais cedo, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, anunciou o fracasso das negociações entre Teerã e o grupo de seis países, formado por potências nucleares e a Alemanha. As delegações concordaram em fazer uma nova reunião no dia 3 de julho, em Istambul.

A representante e líder da delegação de potências afirmou que ainda persistem "diferenças significativas" entre os dois lados. "A escolha é do Irã. Esperamos que o país decida se está disposto a manter as negociações, dando passos de confiança para responder às preocupações da comunidade internacional".

Ashton disse que a reunião deveria se concentrar nos detalhes técnicos e menos nas questões políticas. Os seis países pediram a suspensão do enriquecimento de urânio, mas Teerã reivindicou o fim das sanções e o reconhecimento do programa nuclear.

O chefe das negociações iraniano, Saeed Jalili, afirmou que espera novas reuniões com as potências, apesar do fracasso dos últimos dois encontros. O representante persa afirmou que "não há razões" para duvidar do caráter pacífico do programa nuclear do país e que as sanções contra o Irã são "ilegais".

Jalili ainda exigiu que o país possa enriquecer urânio "em todos os níveis", apesar de aceitar um acordo para o fornecimento de combustível.

ENRIQUECIMENTO

Na segunda (18), o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que estaria disposto a deixar de enriquecer urânio a 20% se receber a "garantia" das grandes potências de que fornecerão o combustível nuclear de que necessita.

"A República Islâmica do Irã sempre disse que se os países europeus entregarem ao Irã combustível a 20%, o Irã deixará de enriquecer a esse nível. Hoje mesmo, se nos derem a garantia de que nos fornecerão o combustível a 20% para nossos reatores, não haverá problema", disse o mandatário, no site da Presidência.

Segundo a presidência, Ahmadinejad "insiste sobre o fato de que [o Irã] está disposto a negociar o enriquecimento de urânio a 20% no âmbito de uma cooperação" com as grandes potências.

Os países do Ocidente, especialmente os Estados Unidos, suspeitam que o programa nuclear iraniano acoberta o desenvolvimento de bombas atômicas, o que Teerã nega.

 

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