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25/06/2012 - 05h42

Chanceler do Equador anuncia retirada de seu embaixador no Paraguai

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DA EFE

O Equador decidiu retirar seu embaixador do Paraguai, Julio Prado, em rejeição ao impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, informou neste domingo (24) o chanceler do país, Ricardo Patiño.

"O Equador retira seu embaixador no Paraguai em rejeição à destituição do legítimo presidente Fernando Lugo e a instauração de novo regime", escreveu Patiño em sua conta do Twitter.

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O chanceler escreveu também que "Equador chama seu embaixador no Paraguai, Julio Prado, reiterando que não reconhece o ilegítimo governo de (Federico) Franco", em referência ao vice-presidente de Lugo, que o substituiu no cargo.

Patiño disse que o que ocorreu no Paraguai foi um "golpe de Estado disfarçado" e afirmou que a destituição de Lugo como presidente é "uma vergonha para a América Latina".

"Nós consideramos que isto é um golpe de Estado disfarçado, é uma vergonha para a América Latina que depois de um processo de consolidação da democracia, um período presidencial termine desta maneira", questionou em um comunicado da chancelaria.

O vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), assumiu na sexta-feira passada a presidência do Paraguai após a destituição de Lugo pelo Senado.

O chanceler peruano, Rafael Roncagliolo, anunciou ontem que o presidente do Peru, Ollanta Humala, convidou os outros chefes de Estado da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) a se reunirem na próxima semana em Lima.

A Cláusula Democrática da Unasul permite não reconhecer um novo governo nascido de processos irregulares e inclusive o fechamento de fronteiras.

O ex-bispo, que foi destituído na sexta-feira pelo Congresso após ser submetido a um julgamento político por mau desempenho em suas funções, assegurou hoje para a imprensa que foi vítima de um "golpe de Estado parlamentar" e que o governo de Franco carece de legitimidade.

OUTROS PAÍSES

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou que retirará seu embaixador do Paraguai e suspenderá o envio de petróleo para o país em represália ao impeachment de Fernando Lugo, que classificou como "golpe de Estado".

"Retiramos o embaixador, não reconhecemos esse governo (de Federico Franco), e também vamos retirar o envio de petróleo", afirmou Chávez num discurso realizado durante um ato militar transmitido em cadeia obrigatória de rádio e televisão.

O Brasil e as demais nações da América do Sul decidiram suspender o Paraguai do Mercosul e da Unasul até as eleições presidenciais previstas para abril do ano que vem. Em comunicado na noite deste domingo, a Chancelaria da Argentina confirmou a suspensão.

Convocado para consultas pelo Itamaraty --sinal diplomático de reprovação-- o embaixador do Brasil em Assunção, Eduardo dos Santos, pode permanecer em Brasília até o fim da gestão Franco.

Não se sabe qual efeito terá o isolamento paraguaio do Mercosul e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). Espera-se que a suspensão pressione o atual governo.

 

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