EUA retiram China e Cingapura de sanções por petróleo do Irã

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira que retirarão as sanções econômicas a China e Cingapura por comprar petróleo iraniano, que entrarão em vigor nesta sexta. As medidas serão colocadas em pressão contra a continuidade do programa nuclear persa.

A secretária da Estado americana, Hillary Clinton, declarou em comunicado que os dois países "reduziram significativamente a compra de petróleo" do Irã, e poderão fazer parte da lista de Estados que tiveram as sanções cassadas.

Além dos dois países, estão na lista Japão, Índia, Malásia, África do Sul, Coreia do Sul, Sri Lanka, Turquia e Taiwan. Clinton acredita que, com o embargo americano, Teerã perderá US$ 8 bilhões em receitas por trimestre.

"Isso é uma clara demonstração para o governo iraniano que sua permanente violação de suas obrigações em matéria nuclear implica um enorme custo econômico", afirmou a secretária.

No domingo (1º), a União Europeia começa a aplicar o embargo ao petróleo do país persa, o que acarretará maiores perdas aos cofres de Teerã.

AMEAÇA

Nesta quinta, o ministro do Petróleo Iraniano, Rostam Qasemi, ameaçou a Coreia do Sul de cortar relações diplomáticas caso o país pare de importar petróleo iraniano, informou a agência de notícias oficial IRNA.

"Se a Coreia do Sul termina completamente com as importações do petróleo iraniano, haverá uma reconsideração dos laçõs com o país", afirmou Qasemi.

Seul declarou na segunda que cortará todas as compras de petróleo persa em 1º de julho devido ao embargo da União Europeia, sendo o primeiro dos consumidores asiáticos a anunciar a suspensão do fornecimento. O país é o quarto maior comprador de Teerã.