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29/06/2012 - 20h10

Senadores do Brasil criticam suspensão do Paraguai do Mercosul

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GABRIELA GUERREIRO
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Senadores governistas criticaram nesta sexta-feira a decisão do Mercosul de suspender o Paraguai dos órgãos do bloco econômico até que o país realize eleições em 2013. Os parlamentares brasileiros consideram a decisão "precipitada" uma vez que o processo que resultou no impeachment do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo teve o aval da Constituição do país.

"O Paraguai é maior que o governo. O Mercosul se faz com relações comerciais, por empresas, por isso a posição deixa de ser política e se torna uma represália econômica contra o setor privado e a população", afirmou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

O senador Sérgio Souza (PMDB-PR), suplente da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), disse que a suspensão é uma sanção política que, por si só, não resolve os problemas do Paraguai com o Mercosul. "O que houve foi uma sanção política, não econômica. Mas o povo não pode pagar por uma crise política. Foi uma forma de sanção, mas ela não resolve se não houver uma condição [para o retorno do país]", disse.

Para o senador Pedro Simon (PMDB-RS), a suspensão ao Paraguai acabou sendo favorável diante da possibilidade de expulsão do país do bloco. "Foi uma vitória do Brasil, já que a Argentina e o Uruguai defendiam a exclusão."

Integrantes da Comissão de Relações Exteriores do Senado, os parlamentares vão discutir a crise política no Paraguai com o ministro Antônio Patriota (Relações Exteriores), em audiência que deve ocorrer no dia 11 de julho. A comissão aprovou convite para o ministro falar sobre a atuação do governo brasileiro no episódio que resultou no impeachment de Lugo.

A oposição considera "equivocada" a suspensão, especialmente por ter sido tomada conjuntamente com o ingresso da Venezuela no bloco econômico.

"É uma contradição acolher o Hugo Chávez e rejeitar democratas do Paraguai. Estive com parlamentares paraguaios que me mostraram a Constituição e tiveram o apoio de 92% da população", disse o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR).

 

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