Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/07/2012 - 08h48

Regime e oposição rejeitam proposta de potências para crise na Síria

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A proposta de um governo de transição com a participação de integrantes das duas partes do conflito na Síria não agradou ao regime nem à oposição. Neste domingo, ambos manifestaram sua contrariedade ao plano proposto pelas potências e pelo enviado especial da ONU, Kofi Annan, após reunião em Genebra, no sábado.

O jornal "Al Baas", favorável ao regime de Bashar al Assad, destacou neste sábado que fracassou a reunião entre os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). "Essa reunião parecia uma reunião ampliada do conselho, onde as posições se mantiveram inalteráveis".

A publicação informou que os cidadãos sírios é que deverão tomar as decisões.

"Nenhuma solução será possível se não estiver embasada no que deseja o povo sírio, fonte da legalidade. Os sírios são capazes de iniciar um diálogo nacional em que não cabem nem aos países vizinhos nem aos mais distantes, em particular aqueles que incitam os sírios a se matar".

O jornal "Al Watan", também vinculado ao regime, comemora que o comunicado não mencione uma solução de crise como a feita no Iêmen, onde houve saída negociada do ex-ditador Ali Abdullah Saleh, ou na Líbia, que sofreu uma intervenção militar estrangeira para garantir a queda de Muammar Gaddafi.

O regime do ditador Bashar al Assad ainda não se pronunciou oficialmente sobre o tema.

'SURREALISTA'

Na oposição, a proposta também não foi bem-vinda. Em entrevista à agência de notícias Efe, o porta-voz do Conselho Nacional Sírio, Emad Hosari classificou como "surrealista" a criação de tal gabinete já que, em sua opinião, os sírios seguem se opondo ao regime de Bashar al Assad enquanto continuam os confrontos no país.

Para a reunião que haverá entre os opositores ao regime sírio no Cairo nesta segunda e terça-feira, Hosari disse que o encontro poderia entrar em uma "fase complicada" se algum dos membros do grupo de ação insistir na necessidade de um governo transitório.

O porta-voz do CNS destacou que os rebeldes reunidos na capital egípcia devem tratar um "documento de acordo nacional" que inclua um projeto de transição após a queda do regime Assad na Síria.

Esta iniciativa incluirá pontos como a separação entre a religião e o Estado e a igualdade de direitos para todos os cidadãos, ressaltou Hosari, que afirmou que o documento foi preparado em Istambul (Turquia) por um comitê integrado por distintas forças opositoras.

Segundo Hosari, o objetivo da reunião é demonstrar a unidade da oposição e do povo sírio em geral, frente à postura do regime, que fala de uma "guerra" no país.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página