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10/07/2012 - 19h00

ONU e EUA se desentendem sobre papel do Irã na crise síria

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O enviado especial da ONU para a Síria, Kofi Annan, visitou nesta terça-feira o Irã e disse que o país, aliado do ditador sírio, Bashar Assad, tem papel crucial na busca por uma solução pacífica aos confrontos no país vizinho.

A declaração não foi bem recebida pelos EUA. "Não acredito que nada possa argumentar de maneira séria que o Irã teve um impacto positivo na evolução da situação na Síria. Este é nosso ponto de vista", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Annan viajou para o Irã justamente para tentar incluir o país persa nas negociações com o regime sírio, já que Teerã foi vetada da última reunião dos países Amigos da Síria, a pedido de Washington.

Durante a visita, o Irã se ofereceu como mediador para as negociações de paz na Síria e alertou que uma decisão errada pode causar uma catástrofe na região.

Para a Casa Branca, é essencial que a comunidade internacional se una em torno do plano de paz desenhado por Annan. Segundo os EUA, o plano de formar um governo de transição não inclui Assad. As aliadas sírias Rússia e China, contudo, discordam.

Annan, contudo, disse que o Irã desempenha um papel positivo para a solução do conflito na Síria, que exige uma negociação com a participação de Damasco e todos os demais grupos políticos.

"A participação do Irã para ajudar a selecionar a crise na Síria é importante e necessária e essa é a razão pela qual voltei ao Irã", disse Annan, que já havia viajado à capital iraniana em 10 de abril.

Antes de chegar a Teerã, Annan conversou em Damasco com Assad, que aceitou a aplicação do plano de paz e propôs que o cessar-fogo foque, primeiro, nas áreas de mais violência, para depois ser espalhado pelo resto do país.

O conflito sírio, iniciado em março de 2011, já deixou 10 mil mortos, segundo a ONU. Ativistas da oposição, contudo, falam em 17 mil mortos.

Apesar das declarações contundentes dos EUA e dos líderes europeus pela renúncia de Assad, o apoio da China e Rússia, ambas com poder de veto no Conselho de Segurança, impediu qualquer ação mais contundente.

 

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