Começa operação para desencalhar navio Costa Concordia

A complexa operação para desencalhar o transatlântico Costa Concordia começou nesta quinta-feira na ilha italiana de Giglio, na Toscana, seis meses depois do naufrágio que deixou 32 mortos.

Durante a primeira fase da operação, a equipe focou em retirar os pedaços de rochas que ficaram presas no casco do navio após o choque com a ilha, ocorrido em 13 de janeiro. Foram utilizados um guindaste e várias lanchas.

Além de ser um grande desafio de engenharia, o resgate tem um alto risco ambiental por ser realizado em uma área protegida.

	Gregorio Borgia/Associated Press
	Trabalhadores começam a remover toneladas de rochas que ficaram presas no casco do Costa Concordia

Nesta sexta-feira, a pequena população da ilha deve fazer uma homenagem às vítimas. Haverá uma missa na igreja do porto com a presença dos parentes dos mortos na tragédia, após a qual será realizado um concerto ao ar livre com o coro e a orquestra da cidade de Grosseto, também na Toscana.

O Costa Concordia transportava 4.229 pessoas --3.200 turistas de 60 nacionalidades e 1.029 tripulantes--, quando colidiu com uma rocha perto da ilha de Giglio.

No total, nove pessoas foram processadas pelo acidente, incluindo o capitão Francesco Schettino, que admitiu ter feito a manobra sabidamente arriscada para "cumprimentar os moradores da ilha" e em homenagem a um colega. Ele é acusado ainda de ter abandonado o navio durante a retirada dos passageiros e tripulantes.

Na semana passada, ele pediu perdão às vítimas em uma entrevista à TV italiana. Ele disse que não cometeu nenhum crime. "Um incidente no mar é diferente de um crime. Não creio ter cometido um crime", disse.