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Violência continuará a crescer na Síria, diz Cruz Vermelha
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FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
A Síria tem hoje um "número crescente de grupos armados", e a expectativa é de que a violência continue aumentando nas próximas semanas. A avaliação é de Pierre Krähenbühl, chefe de operações do CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha).
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"Presumimos que simplesmente não há uma ação política suficiente para resolver [o conflito]" afirma. Para o suíço, integrante do CICV desde 1991, o novo perfil dos conflitos armados --não mais entre nações, mas entre grupos internos-- dificulta uma reação internacional (e até mesmo das Nações Unidas) na mediação de confrontos.
"Hoje vivemos em um mundo onde a maioria dos conflitos são internos e mediar pode ser muito sensível [diante de] questões de soberania nacional", disse em entrevista nesta terça-feira. Ele acredita que talvez esse seja um dos motivos para que conflitos armados atualmente tenham uma duração maior.
Krähenbühl afirma que hoje, a Síria representa um dos "maiores desafios operacionais" da entidade, presente em 80 países.
Para ele, a solução política no país não passa por uma intervenção militar. "Fundamentalmente, o único caminho para solucionar [o conflito], no meu ponto de vista, é uma ação política." Nesta semana, o CICV declarou estado de guerra civil na Síria. Por meio dessa definição, ficam confirmadas as condições para futuros processos jurídicos por crimes de guerra.
BRASIL
Em visita ao Brasil nesta semana, ele discutiu temas regionais - como a cooperação entre Brasil e Cruz Vermelha no resgate de vítimas das FARC na Colômbia - e apoio brasileiro às ações da entidade com autoridades como o chanceler Antônio Patriota e Marco Aurélio Garcia, assessor especial da presidência da República para assuntos internacionais.
O maior aporte de recursos do país à entidade também foi mencionado nos encontros. "Eu esperaria ver no futuro maior [presença do Brasil] na questão financeira", disse.
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