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17/07/2012 - 21h20

Ex-juiz espanhol critica atuação dos EUA em direitos humanos

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FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE

Em uma palestra em Porto Alegre nesta terça-feira, o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón criticou a atuação dos Estados Unidos na área de direitos humanos e condenou o que chamou de "edifício de corrupção" montado pelo sistema financeiro internacional.

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Ele está no Brasil a convite do governo do Rio Grande do Sul, que o homenageou.

Garzón disse que os mesmos países que adotaram o discurso de "guerra contra o terrorismo" a partir dos ataques do 11 de Setembro de 2001 questionam a existência da Corte Penal Internacional para julgar crimes contra a humanidade.

"A iniciativa de paz mais importante do mundo desde [os julgamentos de] Nuremberg se percebe como uma ameaça", disse.

Afirmou ainda que existe "hipocrisia" na questão dos direitos humanos e que a defesa da causa na comunidade internacional é "sectária" e envergonha.

Em outro momento da conferência, o ex-juiz falou sobre a crise financeira mundial e seus efeitos na Espanha. Disse que considera chamativo que até duas semanas não havia nenhum processo no país a respeito das responsabilidades sobre a situação.

"Onde está a proteção dos direitos humanos com um Judiciário inerte, que consente que as ações dos operadores financeiros não sejam incomodadas?"

O ex-juiz também elogiou o movimento de "Indignados" de seu país, que organiza protestos em praças contra o mercado financeiro. Em sua fala, também elogiou o governador Tarso Genro (PT) e o ex-presidente Lula e chamou os dois de modelos de político.

Garzón está impedido de exercer a magistratura em seu pais desde fevereiro, quando foi condenado por pedir escutas consideradas abusivas. Ele ganhou fama internacional ao ordenar a prisão do ditador chileno Augusto Pinochet em 1998.

 

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