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Relatório dos EUA menciona braço brasileiro do HSBC
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LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON
O HSBC Brasil é citado no relatório da Subcomissão Permanente de Investigação do Senado dos EUA por sugerir manobras que evitassem o controle americano contra operações com países considerados "patrocinadores do terrorismo" por Washington.
Entre esses destinos que não podem efetuar transações financeiras nos EUA estão Cuba e Irã.
O relatório não afirma que a operação seja ilegal, e a questão com a unidade brasileira não foi priorizada pelos senadores americanos.
O HSBC Brasil é citado em conversas de 2006 e 2007 entre David Bagley, chefe de regulamentação do HSBC global, e Alexander Flockhart, então diretor-executivo para América Latina, sobre como evitar o filtro do Ofac, a agência do governo americano para ativos estrangeiros.
Segundo o relatório, os dois debatem se as regras do Ofac valem para operações em moedas que não o dólar.
No mesmo momento, a unidade brasileira sugere mudar suas operações via EUA para o Reino Unido e pede ajuda para obter um segundo número Swift (espécie de identidade internacional dos bancos usada em operações externas) que não seja registrado nos EUA e sirva para transações com o Irã, Cuba e outros países sob sanção.
"Essas transações --cerca de 50 ao ano-- cumprem a política regulatória do grupo, mas correm o risco de serem bloqueadas pelo servidor nos EUA", diz o e-mail citado no relatório, sem detalhes. A manobra foi desaconselhada.
Procurado pela Folha, o HSBC Brasil repassou as perguntas à assessoria de América Latina, no México. Até a conclusão desta edição, às 23h, não houve resposta.
Colaborou CAROLINA MATOS, de São Paulo
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