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Líder do Hamas vai ao Egito para defender abertura da fronteira
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DA EFE
O primeiro-ministro do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, viajará nesta quarta-feira ao Cairo para se reunir com o presidente egípcio, Mohammed Mursi, a quem pedirá uma permissão de livre acesso dos palestinos no país e na Faixa de Gaza, anulando assim o apoio ao bloqueio israelense do deposto Hosni Mubarak.
Trata-se do primeiro encontro de um membro do governo de Gaza com o novo presidente egípcio, membro da Irmandade Muçulmana.
Haniyeh pedirá a Mursi que garanta a abertura completa e permanente do cruzamento de Rafah, a única fronteira terrestre que Gaza não divide com Israel, e que os palestinos possam atravessar essa passagem 24 horas por dia e sem restrições, informaram fontes do Hamas.
Na viagem, que durará quatro dias, uma delegação de 18 membros acompanhará o primeiro-ministro, incluindo os ministros das Relações Exteriores, Economia e Fazenda, além de vários deputados islamitas.
Ibraheem Abu Mustafa/Reuters | ||
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, faz sinal de vitória antes de viajar ao Egito, onde encontrará o presidente Mursi |
O representante do Hamas tentará impulsionar uma zona de livre-comércio entre Gaza e Egito, e também abordará outras questões importantes, como os problemas da provisão de energia elétrica e de combustível, os túneis entre a península egípcia do Sinai e Gaza e a reconstrução do território, sobretudo dos danos provocados na operação israelense "Chumbo Fundido" (dezembro de 2008 a janeiro de 2009).
O regime de Hosni Mubarak fechou o cruzamento de Rafah após a imposição de um bloqueio israelense ao enclave palestino e depois que o Hamas tomou o poder e expulsou as forças leais ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, em junho de 2007.
Desde então, o terminal era aberto pontualmente e somente delegações oficiais tinha permissão de atravessar, embora os critérios acabaram se flexibilizando com o aumento das horas de abertura.
Na última segunda, o diretor de fronteiras do Hamas, Maher abu Sabha, informou que Cairo tinha emitido novas ordens para facilitar a entrada e saída de Gaza, entre elas, não exigir vistos aos palestinos que viajam a Gaza e nem escolta para aqueles que vinham do aeroporto de Rafah.
O embaixador egípcio em Ramala, Yasser Othman, explicou ontem ao jornal "Al Quds" que os palestinos de Gaza que chegarem aos aeroportos egípcios terão uma permissão de 72 horas para cruzar a faixa, mas negou que não haja mais necessidade de vistos para entrar no Egito, como havia falado Abu Sabha.
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