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Panetta coloca ataque dos EUA como 'última alternativa' contra Irã
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos ainda consideram um ataque militar contra o Irã como última opção para pressionar contra o programa nuclear do país. As declarações foram feitas durante entrevista com seu homólogo israelense, Ehud Barak.
"Devemos esgotar todos os esforços antes de apelar para a opção militar", declarou Panetta em Ashkelon, sul de Israel, por ocasião de uma visita a uma instalação do sistema antimísseis Domo de Ferro, financiado em parte pelos Estados Unidos.
"No entanto, se eles continuam e se eles conseguem uma arma nuclear temos opções que nós preparamos para implementar se isso acontece".
Como exemplos de medidas que podem ser aplicadas antes de uma intervenção, Panetta se referiu às sanções econômicas e pressões exercidas por diversos países para que Teerã abandone o enriquecimento de urânio, que alega ser para fins pacíficos.
De acordo com Panetta, o presidente Barack Obama deixou claro que impedir o Irã de dotar-se de armas nucleares é uma prioridade para a segurança nacional dos Estados Unidos e que, por isso, todas as opções estão sobre a mesa.
Por sua parte, o ministro israelense afirmou que a possibilidade do Irã renuncia a seu programa nuclear é extremamente pequena e reafirmou que a "última decisão" sobre um eventual ataque israelense contra o Irã será responsabilidade unicamente do governo israelense.
NETANYAHU
Após o encontro com Panetta, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que um ataque às instalações nucleares iranianas é ainda uma opção e que as sanções não estão ajudando a convencer Teerã da necessidade de parar as atividades atômicas.
"Agora o regime iraniano acredita que a comunidade internacional não tem vontade de parar o programa nuclear. Isso precisa mudar, e isso precisa mudar porque o tema para solucionar este problema de forma pacífica está acabando", disse o chefe de governo, em comunicado.
Para Netanyahu, a ação deve acontecer mesmo com a oposição de Washington. Na terça (31), o primeiro-ministro disse que não tomou a decisão de um eventual ataque contra o Irã e reafirmou "o direito de Israel a se defender".
"Não tomei uma decisão" sobre um eventual ataque contra as instalações nucleares iranianas, afirmou Netanyahu em resposta a uma pergunta em entrevista a um canal de televisão.
O premier reafirmou, no entanto, "o direito de Israel de se defender de toda ameaça que pesa sobre sua segurança e sua existência". Também destacou que "o destino de Israel depende unicamente de nós e de nenhum outro país sem importar quão amigável seja", em alusão aos Estados Unidos.
Perguntado sobre se Estado-maior do exército, os dirigentes do Mossad, o serviço secretos, e do Shin Beth, o serviço de segurança interior, se opõem a um ataque sem o aval dos Estados Unidos, Netanyahu respondeu que "em nenhuma democracia, só os dirigentes políticos decidem e os militares executam".
O primeiro-ministro também lembrou que em 1981 o premier Menahem Begin havia dado seu aval para um ataque aéreo contra uma usina nuclear no Iraque "apesar da oposição categórica na época dos líderes do Mossad e da inteligência militar".
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