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10/08/2012 - 12h23

Usina perto do epicentro de tremor no Japão não foi afetada, diz ONU

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, vinculada à ONU) informou nesta sexta-feira que a usina nuclear de Onagawa, a mais próxima do epicentro do tremor de março de 2011, não foi afetada pelo terremoto porque foi construída com margens de segurança suficientes.

A planta suportou o abalo, de magnitude 9 na escala Richter, com um abalo no térreo de um dos prédios, que ficou inundado, mas a capacidade de resfriamento da usina foi mantida e os reatores desligaram sem danos a suas estruturas.

De acordo com o chefe da comitiva da AIEA, Sujit Samaddar, a usina não teve uma catástrofe similar à de Fukushima porque os sistemas de segurança funcionaram com êxito. "Com um terremoto dessa magnitude, esperávamos que esta usina tivesse mais danos, mas não foi o caso".

Onagawa está a 70 km do epicentro do terremoto, enquanto Fukushima, que sofreu um vazamento de material radioativo, estava a 180 km.

Ambas foram atingidas por tsunamis de 13 metros de altura, mas a usina mais atingida podia suportar ondas de 5,7 metros, enquanto a outra foi preparada para aguentar um tsunami de 14 metros.

Para o grupo da ONU, os técnicos japoneses que construíram Fukushima não imaginavam o risco de uma onda gigante, apesar do histórico de terremotos da região. No total, cinco usinas nucleares sofreram danos após o terremoto.

O pior de todos foi o de Fukushima, que não conseguiu se apagar e sofreu fusões múltiplas de seus reatores, provocando o pior acidente atômico nos últimos 25 anos, desde a explosão na usina de Chernobyl, em 1986.

DESLIGADOS

Depois da crise nuclear em Fukushima, os 50 reatores em atividade no país foram desligados paulatinamente para passar por testes obrigatórios que garantiriam sua segurança frente a catástrofes naturais similares à de março de 2011.

Antes do acidente na central de Fukushima, o país obtinha cerca de 30% de sua eletricidade das usinas nucleares, por isso a paralisação de todos os reatores forçou o Japão a ampliar as atividades de suas centrais térmicas e a aumentar as importações de petróleo e gás.

Em maio, o país retomou o funcionamento de um dos reatores da usina de Ohi, no sul do país. O segundo reator foi religado em julho. A decisão de retomar as usinas nucleares gerou muitos protestos no país.

A volta dos reatores nucleares aconteceu depois que o governo japonês advertiu sobre a possibilidade de que, sem energia atômica, a região de Kansai, uma das mais povoadas do país e na qual está a central religada, poderia sofrer "apagões" no verão.

 

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