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13/08/2012 - 05h00

Austeridade pode piorar crise, diz OIT

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RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Em relatório publicado no fim da semana passada, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) expressou preocupação com o efeito das políticas de austeridade implementadas nos países europeus no curto prazo.

De acordo com a entidade, cortar salários para aumentar a competitividade e combater o desemprego pode ter efeito oposto ao desejado.

A medida foi implementada na Grécia, por exemplo, como condição para os pacotes de socorro financeiro que o país recebeu.

Para Patrick Belser, economista sênior da OIT e editor do relatório, "sempre que uma redução de salários diminui o consumo doméstico mais do que aumenta exportações e investimentos, há um efeito negativo no crescimento econômico do país".

A crítica às medidas de austeridade veio depois que o Banco Central Europeu pediu, na semana passada, que os países da zona do euro promovessem a flexibilização das regras salariais para aumentar a competitividade.

"Se cortes salariais para incentivar crescimento forem implementados simultaneamente em todos os países, os ganhos vão se cancelar e o efeito regressivo desses cortes globais no consumo poderão levar a uma depressão no emprego e na demanda", afirmou Belser.

Desde o início da crise, a OIT vem alertando as autoridades, especialmente da zona do euro, sobre os efeitos deletérios das medidas de austeridade fiscal nos índices de emprego do continente --que estão no maior nível já registrado desde a criação da moeda única.

 

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