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Deputada diz que Chávez está criando exército de guerrilheiros
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DA EFE, EM CARACAS
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está alistando um "exército guerrilheiro" com um milhão de milicianos em 2013, denunciou a deputada opositora María Corina Machado em entrevista publicada neste domingo.
Segundo ela, Chavez conta com a assessoria de Cuba no processo.
A legisladora, que perdeu as eleições primárias que elegeram Henrique Capriles como o candidato único da oposição para tentar impedir uma nova reeleição de Chávez, disse ao jornal "El Universal" que teve acesso a um exemplar do que chamou de "Plano Sucre".
Este plano prevê, afirmou, citando parte do texto, a "transformação de um exército profissional em um exército guerrilheiro" preparado "para lutar com sucesso uma Guerra Popular Prolongada (GPP) perante uma hipótese de guerra por parte do império (americano)".
A GPP é um "conceito maoísta" que na prática propõe "desgastar o inimigo, atraí-lo para o interior do território e combatê-lo com participação de toda a população" integrada em uma força militar organizada "em detrimento dos componentes regulares" da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), declarou María Corina.
"Estamos diante de uma proposta de clara inspiração e assessoria cubana", continuou a deputada, reiterando que no texto se lê expressamente que a meta do plano é "alistar um milhão de milicianos até 2013 e dois milhões para 2019".
A deputada fez sua denúncia primeiro ao jornal "El Nuevo Herald" de Miami, que na sexta-feira passada publicou uma entrevista sua e assegurou que o documento está assinado por Chávez e foi enviado à FANB para sua execução.
María Corina revelou ao "El Nuevo Herald" que solicitou à Comissão de Defesa e Segurança da Assembleia Nacional, da qual faz parte e que está dominada por aliados de Chávez, convocar o ministro de Defesa da Venezuela, general Henry Rangel, para que explique o assunto.
"Os alcances do plano são alarmantes e entre outras angustiantes propostas contemplam o treinamento da população civil para que participe de uma guerra, ao circunscrever as ameaças à nação a uma suposta invasão por parte dos Estados Unidos", insistiu a deputada.
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