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15/08/2012 - 06h00

ONU aponta aumento da violência por grupos armados

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ISABEL FLECK
DE SÃO PAULO

O novo relatório da comissão de investigação da ONU sobre os direitos humanos para a Síria, que será entregue nesta quarta para o Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, destaca o aumento das violações cometidas pelos grupos armados e pelo Exército Livre da Síria.

"Estamos preocupados com a intensificação das violações de direitos humanos cometidas por grupos armados. Eles não têm poder [legal] para executar pessoas", observa o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que preside o grupo.

Segundo ele, os rebeldes estão com muito mais acesso a informação e a armas.

Pinheiro, contudo, observa que o relatório não compara o grau de violência usado pelos opositores e pelo regime --apenas identifica a mudança na "natureza do conflito" desde o último levantamento, do início do ano.

Para a comissão, o regime de Bashar Assad também extrapola as regras internacionais que balizam uma guerra civil, como a do país.

"Ainda que as Convenções de Genebra ofereçam legalidade ao governo para fazer algumas ações de guerra, como atacar legitimamente os grupos armados, elas não autorizam bombardear a população civil diretamente. É o que tem acontecido", diz Pinheiro.

O relatório aponta ainda que o regime Assad foi o responsável pelo massacre que matou 108 pessoas em maio na cidade de Houla. O governo acusa grupos armados pelo banho de sangue.

O levantamento abrange o período entre 18 de fevereiro e 20 de julho e é o primeiro que conta com uma observação "in loco".

Depois de tentar por nove meses a autorização para entrar com a comissão no país, Pinheiro esteve sozinho na Síria em junho.

O futuro da comissão de investigação, cujo mandato termina em 30 de setembro, será definido no próximo mês. Se a missão for finalizada, Pinheiro assume como relator especial de direitos humanos da ONU para a Síria.

CONTROLE

Na terça, o ex-premiê sírio Riyad Hijab, que desertou na última semana, disse que o regime está desmoronando "moral, financeira e militarmente". Segundo ele, Assad não controla hoje mais que 30% do território sírio.

 

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