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22/08/2012 - 19h27

OEA terá missão observadora em campanha paraguaia

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LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

A Organização dos Estados Americanos decidiu nesta quarta enviar uma missão observadora ao Paraguai para monitorar a campanha eleitoral e a votação de abril de 2013, após o impeachment sumário do ex-presidente Fernando Lugo em junho.

Na próxima semana, viajarão ao país funcionários de alto escalão da OEA para discutir com o governo de Federico Franco a missão, apoiada por todos os membros da organização interamericana.

Os três Poderes no país, porém, já deram o sinal verde para o envio, informou o secretário-geral da OEA, o chileno José Miguel Insulza.

O Brasil e os demais membros do Conselho Permanente da OEA apoiaram a decisão, mas os países do Mercosul e da Unasul tomaram distância de Insulza no debate.

O secretário-geral considera os trâmites no Paraguai constitucionais, ainda que condene o prazo demasiadamente curto dado pelo Congresso para a defesa de Lugo (quatro horas).

Já os membros da Unasul e do Mercosul, que suspenderam Assunção dos respectivos blocos, veem violação do processo democrático.

Nesta quarta, porém, esses países baixaram o tom.

O pedido de sanções que marcou os debates da OEA em junho e julho não se repetiram abertamente.

"Não acreditamos em sansões econômicas porque nunca são os governos que pagam, mas a população", afirmou o representante argentino, Martín Gómez Bustillo.

Já para o brasileiro Breno Dias da Costa, é preciso esperar o relatório que a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) produz a partir de informações colhidas pelas embaixadas de seus países-membros em Assunção.

"A decisão [da Unasul de suspender o Paraguai] em junho expressa claramente que houve uma ruptura da ordem democrática, mas expressa também a preocupação com o povo paraguaio", afirmou Dias da Costa em plenária.

"E o povo paraguaio não sofreu nenhum efeito dessas medidas [de suspensão]"

O brasileiro, assim como vários de seus colegas sul-americanos, ressaltou que o teor do relatório apresentado por Insulza -- que considera legal os trâmites no Paraguai -- "reflete somente a opinião da Secretaria Geral, e não a do Conselho Permanente integrado por 34 países".

Dias da Costa sugeriu que a Unasul também envie uma missão observadora eleitoral.

 

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