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Venezuela decide não retomar trabalhos em refinaria até extinguir fogo
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DA REUTERS
A Venezuela não vai retomar as operações na refinaria Amuay, no Estado de Falcón, até que o fogo resultante da explosão de sábado seja totalmente extinto.
O anúncio foi feito por um representante da petrolífera estatal PDVSA neste domingo (26).
Uma grande explosão nos tanques de armazenamento da refinaria ontem deixou 41 mortos e mais de 80 feridos, no pior acidente da história da indústria petrolífera venezuelana.
Veja imagens da explosão na Venezuela
Mais cedo, o ministro de Energia venezuelano havia dito que a maior refinaria de petróleo do país, que produz 645 mil barris de petróleo por dia, deveria retomar as operações em dois dias. "Nós precisamos aumentar a produção em outras refinarias e olhar para o armazenamento flutuante perto do complexo", disse Ramírez.
O ministro disse que nenhuma unidade de produção tinha sido afetada pelo desastre e que a situação está sob controle.
Mas, neste domingo, autoridades ainda lutavam para apagar o fogo que permanecia em dois dos nove tanques de armazenamento que foram incendiados após a explosão.
EXPORTAÇÕES AOS EUA
O incidente deve ter pouco impacto nos preços do petróleo, pois a Venezuela pode usar seu estoque para suprir o mercado sul-americano e, ao mesmo tempo, manter suas exportações. O país é o quinto maior exportador de petróleo do mundo.
A Venezuela é um importante fornecedor de petróleo para os Estados Unidos, mas a dependência norte-americana do país sul-americano diminuiu bastante nos últimos cinco anos.
Nos cinco primeiros meses deste ano, os EUA importaram pouco mais de 50 mil barris por dia de combustível da Venezuela, contra 290 mil em 2005, segundo dados do governo americano.
A EXPLOSÃO DA REFINARIA
Veículos ficaram destruídos, cercas foram derrubadas e tanques de armazenamento gigantes pegaram fogo após a explosão, causada por um vazamento de gás.
Um edifício da GNB (Guarda Nacional Bolivariana) foi destruído, e autoridades disseram que muitos dos mortos eram soldados que faziam segurança no local e suas famílias.
Dos 41 mortos, 18 eram membros da guarda nacional, 15 eram civis --a maioria familiares dos guardas--, e seis corpos ainda não foram identificados. Outras duas pessoas morreram no hospital, em decorrência das graves queimaduras que atingiram 100% dos corpos.
FALTA DE INVESTIMENTOS
A explosão ocorreu após repetidos acidentes e interrupções durante a última década em instalações operadas pela companhia de petróleo estatal PDVSA, que têm a produção limitada e os planos de expansão prejudicados.
As operações em Amuay foram parcialmente fechadas pelo menos duas vezes neste ano, devido a um pequeno incêndio e à falha de uma unidade de refrigeração.
Os problemas têm estimulado acusações de gestão ineficiente do governo de Hugo Chávez. Ele concorre à reeleição no país, em votação que vai acontecer em 7 de outubro deste ano.
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