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28/08/2012 - 12h58

Rebeldes sírios e regime de Assad se acusam por atentado em Damasco

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O comando da milícia rebelde Exército Livre Sírio acusou o regime de Bashar Assad pelo atentado que deixou 12 mortos e 48 feridos em um velório no bairro de Jaramana, a leste da capital Damasco, nesta terça-feira. Mais cedo, o governo do país atribuiu a ação a "grupos terroristas", em referência aos opositores.

Em entrevista à agência de notícias Efe, o porta-voz do Conselho Militar Superior do ELS, Fahd al Masri, afirmou que as autoridades sírias querem vincular a ação aos rebeldes "para provocar temor entre as minorias e conseguir seu apoio".

Joseph Eid/France Presse
Sírios veem estragos provocados por explosão em Damasco, na Síria; pelo menos 12 morreram e 48 ficaram feridos
Sírios veem estragos de explosão em Damasco, na Síria; pelo menos 12 morreram e 48 ficaram feridos

De acordo com o representante, o objetivo do regime é "enviar às minorias a mensagem de que ele é o único que pode lhes proteger". Pouco antes do anúncio, a agência de notícias estatal Sana havia atribuído a ação a "grupos terroristas armados", em referência à forma como o regime chama a oposição armada.

Mais cedo, um carro-bomba explodiu em meio a um funeral em Jaramana, deixando 12 mortos e 48 feridos, segundo a Sana.

Os ativistas disseram que este é o terceiro ataque a bomba na região nas últimas 24 horas. O leste de Damasco passa desde domingo por um aumento das batalhas entre as forças do regime de Bashar Assad e opositores.

Na segunda (27), um helicóptero do Exército caiu no bairro de Jobar, na mesma região. Rebeldes afirmaram que a aeronave foi derrubada, enquanto o regime apenas confirmou o incidente, mas sem atribuir responsabilidade ou esclarecer as circunstâncias.

Veja vídeo

Em Daraya, ativistas descobriram no domingo (26) cerca de 300 corpos de civis mortos em confrontos e ações do regime de Assad. A ação foi condenada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pelos Estados Unidos.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 40 pessoas morreram nesta terça em combates em todo o território do país árabe.

OPOSIÇÃO

Em meio aos confrontos em Damasco e outras cidades do país, um grupo de opositores sírios pediu apoio militar do Ocidente à causa e apresentou uma série de propostas para a transição do país após a planejada queda de Bashar Assad.

A ideia central do documento é estabelecer um governo democrático, um Estado de direito em que todos sejam iguais e sem lugar para o extremismo religioso. O grupo também pede a reforma dos mecanismos de segurança e a criação de uma nova Constituição.

Ainda nesta terça, o Alto Comissionado da ONU confirmou que o número de refugiados sírios duplicou em uma semana na Jordânia, chegando a 10.200 pessoas, enquanto no período anterior 4.500 cruzaram a fronteira.

O crescimento também foi detectado na Turquia, um dos principais destinos dos que fogem dos confrontos no país. Devido ao deslocamento de pessoas, Ancara anunciou que vai criar mais 150 mil lugares para atendimento aos sírios, enquanto a Jordânia estuda a construção de um novo acampamento.

Desde o início do confronto, em março de 2011, cerca de 214 mil pessoas se registraram como refugiados nos países vizinhos da Síria. No mesmo período, a ONU registra 15 mil mortos em todo o país, apesar de estimativas de dissidentes elevarem este número para 25 mil.

 

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