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06/09/2012 - 07h00

Relatório de Israel sobre o Irã vaza e irrita premiê

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MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM

Há um guerra de espionagem na região e as paredes tem ouvidos, mas o que tem preocupado o premiê de Israel é alguém que participa das reuniões mais exclusivas de seu governo.

Irritado com o vazamento de uma discussão sobre o Irã para um jornal israelense, Binyamin Netanyahu cancelou a segunda parte de uma reunião anual com os principais chefes de segurança.

"Um pouco depois da reunião de ontem, uma coisa séria aconteceu", disse o premiê. "Um vazamento das discussões do gabinete. Alguém causou graves danos à confiança que os cidadãos de Israel tem nesse fórum."

O vazamento ocorreu na terça, quando o gabinete de segurança se reuniu por sete horas para receber o relatório anual dos chefes do Mossad e das outras agências de espionagem do país.

Detalhes da reunião foram parar na primeira página do jornal "Yediot Ahronot", o mais lido de Israel.

Um dos participantes da reunião contou ao jornal que o quadro apresentado sobre avanço do programa nuclear iraniano "é perturbador, mas não assustador".

Nos últimos meses, Netanyahu intensificou o discurso de que Israel não tolerará a bomba atômica iraniana, por considerá-la uma ameaça existencial. Isso aumentou a preocupação sobre um ataque militar israelense.

Irritado, o premiê cancelou a segunda parte da reunião, sem marcar nova data. Uzi Landau, um dos ministros do gabinete de segurança, chegou a defender que os participantes passem por um detector de mentiras.

Vazamentos para a imprensa são comuns na política israelense. Nos anos 70, o grupo humorístico mais famoso do país já fazia sucesso encenando uma paródia de ministros boquirrotos.

A escalada retórica de Netanyahu contra o Irã dos últimos meses tem sido alimentada por informantes anônimos, que dão a impressão de que um ataque é inevitável.

Segundo o "Yediot Ahronot", a reunião de anteontem se concentrou nos relatórios de inteligência e não houve discussão ou votação sobre questões operacionais.

 

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