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Premiê palestino anuncia cortes para conter protestos na Cisjordânia
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Autoridade Palestina (ANP) anunciou nesta terça-feira que vai cortar os preços dos combustíveis e os salários de autoridades do partido, após seis dias de protestos nas ruas da Cisjordânia contra a pobreza.
A legenda também adiou um aumento de impostos, informou o primeiro-ministro Salam Fayyad. As medidas tentam conter uma onda de protestos que se espalhou pela Cisjordânia. Sindicatos palestinos, porém, rejeitaram as concessões.
Fayyad afirmou que o preço do combustível "irá retornar ao patamar do final de agosto, a partir de amanha [quarta-feira]". Hoje, o litro da gasolina custa 8,5 shekels (US$ 2,12).
Mohamad Torokman/Reuters | ||
Palestinos protestam, pelo sexto dia seguido, contra os altos custos de vida, em Ramallah, na Cisjordânia |
"Haverá cortes adicionais nos gastos dos ministérios e instituições do governo, com exceção dos ministérios da Saúde, Educação e Assuntos Sociais", acrescentou o premiê.
Ele também anunciou cortes nos salários de altas autoridades palestinas. "Não vamos arcar com novas despesas de ministérios para viagens, aluguéis ou transporte até saírmos desta crise financeira.
Fayyad prometeu ainda que servidores públicos receberão seus pagamentos atrasados na quarta-feira e o restante até o fim da semana.
ONDA DE PROTESTOS
Os protestos também preocupam o governo de Israel, que teme que a frustração dos palestinos com seus líderes possa desencadear uma Terceira Intifada, contra a ocupação de Israel da Cisjordânia.
Enquanto Fayyad fazia o anúncio público das medidas, centenas de manifestantes protestavam do lado de fora do escritório da ANP em Ramallah.
Greves e protestos violentos paralisaram partes da Cisjordânia nos últimos seis dias. Manifestantes quebraram janelas de prédios da ANP e entraram em confronto com a polícia.
Os policiais usaram gás lacrimogêneo e bastões para dissipar a multidão em Hebron. Não houve relatos de feridos ou mortos.
Na semana passada, Fayyad disse que não hesitaria em renunciar se o povo palestino pedisse. Os manifestantes acusam Fayyad de piorar a situação generalizada de pobreza na Cisjordânia ocupada.
O presidente palestino Mahmoud Abbas, afirmou que as demandas dos manifestantes era "justa" e que uma "primavera Palestina" tinha começado.
Analistas disseram que uma queda no envio de ajuda internacional criou uma crise de fundos para a Autoridade Palestina, que acumula dívidas de US$ 1,5 bilhão. A ANP atrasou o pagamento de 153 mil servidores públicos várias vezes neste ano.
Um quinto dos 2,5 milhões de palestinos estão desempregados.
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