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21/09/2012 - 05h45

Espanha se move lentamente na direção do pedido de ajuda

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TONY BARBER
DO "FINANCIAL TIMES"

O premiê espanhol, Mariano Rajoy, e o seu governo estão se movendo lentamente na direção de um pedido de pacote de ajuda financeira, tão lentamente quanto as circunstâncias permitem.

O primeiro-ministro, considerando a política doméstica e o imperativo de estabilizar a economia e o sistema bancário, não parece inclinado a seguir os passos da Grécia, da Irlanda e de Portugal.

Mas pouca gente acredita que ele poderá resistir por muito tempo. Há muitos fatores em jogo, além do orgulho nacional espanhol.

As pressões se enfraqueceram um pouco desde que o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que poderá comprar, de forma ilimitada, títulos governamentais, o que reduziria os custos para a Espanha financiar sua dívida.

Mas Rajoy não tem interesse em um pedido de ajuda, a menos que o custo da dívida espanhola suba de novo.

Nesta semana, houve um importante teste: o país vendeu títulos de dez e de três anos pagando um pouco menos do que em leilões realizados anteriormente.

Berlim também parece relutante em ver a Espanha pedir ajuda precipitadamente, o que requereria aprovação de um resistente Bundestag --o Legislativo alemão.

Do ponto de vista do BCE, entretanto, a Espanha deveria usar o fôlego obtido com o plano para compra de títulos e preparar um pedido de ajuda, mesmo que seja só uma linha de crédito.

Os banqueiros em Madri dizem que Rajoy deveria ter a sabedoria de solicitar ajuda agora, quando as condições de mercado estão relativamente favoráveis.

Segundo eles, é melhor fazer isso já, evitando que os credores imponham condições mais duras se o sentimento em relação à Espanha mudar uma vez mais.

Enquanto isso, o primeiro-ministro espanhol segue se equilibrando entre cálculos políticos e econômicos.

 

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