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27/09/2012 - 23h00

Palestinos minimizam nova tentativa de adesão à ONU

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DA REUTERS

Depois de se mobilizarem intensamente no ano passado pela campanha que visava maior reconhecimento junto à Organização das Nações Unidas (ONU), os palestinos receberam com frieza na quinta-feira a nova investida do presidente Mahmoud Abbas para buscar a adesão à entidade, ainda que de forma atenuada.

Em discurso à Assembleia Geral da ONU, Abbas pleiteou o status de "Estado não-membro" da organização, um degrau abaixo do reconhecimento pleno solicitado no ano passado, e barrado devido à falta de apoio --especialmente dos EUA, que teriam poder para vetar o tema no Conselho de Segurança.

Nas ruas de Ramallah, capital palestina na Cisjordânia ocupada, murais ainda mostram Abbas erguendo a mal-fadada solicitação na tribuna da ONU. Mas seus cidadãos temem agora uma nova decepção.

"Para dizer a verdade, vemos tudo isso como conversa, sabemos que não haverá resultados concretos", disse o empreiteiro Hussein Izzat, em meio ao trânsito pesado de uma cidade que no ano passado parou para fazer manifestações e assistir ao vivo ao discurso de Abbas na ONU.

"Na última vez, havia uma real atenção ao discurso. Mas desde então ficamos entediados e deprimidos pela falta de ação. Não tenho confiança nas palavras do presidente", disse ele.

A proposta, que Abbas disse que será submetida a consultas na Liga Árabe ao longo do próximo ano, tem poucas chances de trazer avanços na causa palestina.

O governo de Abbas enfrenta uma profunda crise financeira, que já motivou protestos nas ruas. Além disso, seu rompimento com o grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, permanece e a ocupação israelense na Cisjordânia entrou no seu 45º ano sem solução à vista.

As negociações de paz com Israel estão suspensas há quase dois anos, porque Abbas rejeita o diálogo enquanto Israel não parar de ampliar seus assentamentos em territórios ocupados.

Buscar o reconhecimento internacional do Estado palestino, apesar da ausência de um tratado com Israel, é há 18 meses o "plano B" de Abbas.

"Não vamos resolver nosso conflito com declarações unilaterais de um Estado", disse na quinta-feira em Nova York o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. "Temos que sentar juntar, negociar juntos e alcançar um compromisso mútuo no qual um Estado palestino desmilitarizado reconheça o Estado judeu único."

 

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