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Presidenciáveis venezuelanos panfletam em penúltimo dia de campanha
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VALERIA PACHECO
DA FRANCE PRESSE, EM MARACAY
O presidente e candidato à reeleição Hugo Chávez e seu opositor, Henrique Capriles Radonski, aproveitaram esta quarta-feira, o penúltimo dia da campanha eleitoral, para visitar as áreas urbanas e mais povoadas da Venezuela. A votação será no próximo domingo.
Chávez, que é favorito, segundo a maioria das pesquisas de intenção de voto, visitou Maracay, no Estado Aragua, antes de viajar a Valencia, no vizinho Carabobo. O presidente intensificou seus atos de campanha na segunda-feira, quando chegou à cidade natal de Sabaneta para iniciar um tour de três dias por seis Estados antes de chegar a Caracas, na quinta-feira, para um comício final.
"Amanhã gritaremos: Em Maracay e em toda Venezuela Ganha Chávez!", escreveu na noite de terça-feira em seu Twitter. "Carabobo da Independência! Carabobo da Batalha Perfeita! As ruas de Valencia serão rios de pessoas e amor patriótico! Venceremos!", acrescentou o presidente, de 58 anos, operado duas vezes de um câncer detectado em 2011, do qual afirma estar curado.
Capriles, ex-governador do rico Estado de Miranda, atravessa o país para participar no mesmo dia dos comícios em Portuguesa e no petrolífero Zulia, o Estado mais populoso, seguindo o frenético ritmo que permitiu a ele visitar quase 300 cidades em sua campanha eleitoral.
Nos últimos dias, o candidato opositor, de 40 anos, também foi visto em entrevistas televisivas e até em um programa noturno de humor, onde relatou com desembaraço que em suas andanças recebeu duas cabras e três cachorros e, de uma senhora, um aperto em seu traseiro. "Se fico feliz com alguma coisa, é com nossa campanha: deixamos para trás o ódio e a violência e contra isso vamos votar no dia 7 de outubro", disse nesta quarta-feira em uma entrevista de rádio.
Capriles, a maior aposta da oposição para vencer Chávez depois de ter se afastado da velha guarda e de ter oferecido soluções aos problemas de insegurança, água e educação das majoritárias classes pobres, reduziu a margem que o separa do presidente, segundo muitas das últimas pesquisas.
PREPARATIVOS
Nesta quarta-feira, militares transportavam o material eleitoral -máquinas de votação, boletos eletrônicos e outros documentos- para os centros de votação, informou o general Wilmer Barrientos, chefe do plano de segurança que contempla a mobilização de cerca de 139.000 efetivos das Forças Armadas para as eleições. As mesas de votação serão instaladas na sexta-feira pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
No próximo dia 7 de outubro, quase 19 milhões de venezuelanos estão convocados a votar com um sistema automatizado.
De sexta a segunda-feira haverá suspensão do porte de armas e a proibição de venda de bebidas alcoólicas, enquanto os policiais permanecerão aquartelados, disse, na terça-feira, o ministro de Interior e Justiça, Tareck El Aissami.
Nesta quarta-feira, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, inaugurou o programa de acompanhamento internacional para as eleições, integrado pela Unasul, Mercosul e a União Africana, além de órgãos eleitorais da Europa, Ásia, África e América. "Estamos prontos e preparados para ter um sistema eleitoral e um processo de votação extraordinário no domingo", afirmou Lucena.
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