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ONU adverte contra uso de 'ambulâncias-bomba' na Síria
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DA EFE
A ONU alertou nesta terça-feira para o uso de veículos médicos no conflito armado entre as forças leais ao regime de Bashar al Assad e os rebeldes na Síria, de acordo com os últimos relatórios da organização.
"As instalações médicas, seus equipamentos e seu pessoal não podem ser transformados em alvos, nem empregados com fins militares", afirmou o escritório do porta-voz do secretário-geral da ONU em comunicado à imprensa.
O grupo islâmico Frente al-Nusra reivindicou hoje um ataque contra a sede da Inteligência da Força Aérea na cidade de Harasta, nos arredores de Damasco, no qual explodiram na noite da última segunda-feira uma "ambulância-bomba".
"Todas as partes envolvidas no conflito devem respeitar as leis humanitárias internacionais e garantir que a população civil não se transforme em alvo dos enfrentamentos", acrescentou o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.
Por último, após lembrar que o único objetivo dos trabalhos humanitários é "salvar vidas e proteger os mais vulneráveis", reiterou que estas tarefas devem se realizadas "com a mais estrita imparcialidade e neutralidade".
O grupo islâmico disse em comunicado por meio do Facebook que um terrorista suicida que conduzia um carro carregado com nove toneladas de explosivos se chocou contra o edifício governamental em Harasta e minutos depois outro suicida explodiu uma "ambulância-bomba".
O diretor do grupo de oposição Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman, afirmou por telefone à Agência Efe que dezenas de pessoas foram mortas e feridas nesse atentado, mas não soube precisar os números.
SOLUÇÃO POLÍTICA
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o presidente da França, François Hollande, pediram hoje em Paris uma "solução política" para o conflito na Síria, que ameaça desestabilizar o Líbano e a Jordânia, países que fazem fronteira com a Síria.
"Pedi ao governo sírio que declare o cessar-fogo unilateral imediatamente", disse Ban em entrevista coletiva na qual destacou que a situação do país é "insuportável".
O conflito persiste desde março de 2011 e já causou 25 mil mortes, enquanto 2,5 milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária e mais de 250 mil se refugiaram nos países vizinhos, segundo as Nações Unidas.
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