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24/10/2012 - 05h54

Alemanha nega acordo para prolongar prazos dados à Grécia

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DA EFE

Atualizado às 06h33.

O membro alemão do diretório do Banco Central Europeu (BCE), Jörg Asmussen, negou as informações publicadas pela imprensa alemã nesta quarta-feira sobre um acordo para conceder à Grécia mais dois anos para sanear suas finanças, mas tampouco descartou esta possibilidade.

"Ainda não há um acordo definitivo entre a troika e o governo grego", disse Asmussen em declarações à cadeia pública de televisão "ARD", nas quais assinalou que "realizamos progressos em Atenas, mas ainda não chegamos à meta".

O diário alemão "Süddeutsche Zeitung" assegura que a União Europeia concederá mais dois anos de prazo para que a Grécia possa sanear suas finanças e permitirá que Atenas leve até 2016 para reduzir seu déficit público para menos de 3% do PIB.

Esses seriam os principais pontos presentes na minuta para um memorando de entendimento que a Grécia negocia com seus credores internacionais.

"Se as metas fiscais fossem prolongadas por mais dois anos, os demais países da zona do euro teriam que fornecer mais meios financeiros", assinalou Asmussen.

De acordo com o "Süddeutsche Zeitung", a Grécia também poderá atrasar a aplicação das reformas em seu mercado de trabalho e no setor energético, além de ter a possibilidade de adiar a privatização de empresas estatais e de bens imobiliários.

Com isso, o governo de Antonis Samaras receberá a próxima parcela da ajuda de seus sócios europeus, no valor de 32 bilhões de euros, embora com a condição de que sua coalizão entre em acordo sobre o pacote de austeridade.

O "Süddeutsche Zeitung" revela também que Atenas conta com 8,8 bilhões de euros oriundos das privatizações, em vez dos 19 bilhões calculados inicialmente.

No entanto, não está claro como será fechado o rombo financeiro que acontecerá nos anos 2013 e 2014 como consequência das concessões feitas à Grécia para atrasar o cumprimento dos seus objetivos, em montante que pode alcançar 18 bilhões de euros.

O jornal alemão acrescenta ainda que também não ficou claro como a Grécia se financiará a partir de 2014, mas indica que a chanceler alemã, Angela Merkel, e outros dirigentes da UE, que até agora mantinham uma postura dura, se convenceram de que a saída da Grécia da zona do euro traria muitos riscos políticos e econômicos.

Embora o país dependa do próximo pacote de ajuda para não quebrar no fim de novembro, o dinheiro só será desbloqueado após a assinatura do memorando de entendimento e da apresentação do relatório da troika internacional.

 

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