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Parlamento grego aprova Orçamento austero para 2013
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DE SÃO PAULO
O Parlamento da Grécia aprovou na noite deste domingo o Orçamento do país para 2013. O plano inclui os cortes drásticos que pretendem balancear as contas do país, seguindo as exigências da chamada tróika. Só assim o país poderá receber a próxima parcela do resgate financeiro e evitar a falência.
Os parlamentares que integram a coalizão no poder --formada pelo partido conservador Nova Democracia e pelos centro-esquerdistas Pasok e Dimar-- tiveram a proposta aprovada com larga maioria.
Na quarta-feira (7), a aprovação de um pacote de medidas de austeridade e reformas trabalhistas, também necessário para a liberação de ajuda financeira, teve apenas quatro votos de vantagem.
Milhares de pessoas acompanharam a votação deste domingo em frente ao Parlamento, na Praça Sintagma. O protesto foi convocado pelos principais sindicatos do país e partidos esquerdistas da oposição.
Na tentativa de balancear as contas, o governo grego cortará € 9,5 bilhões no Orçamento de 2013, que serão descontados da previdência, da folha de pagamentos pública, da administração, da saúde e das prestações sociais, além do aumento de alguns impostos e taxas.
O vice-ministro das Finanças, Jristos Staikuras, anunciou no sábado (10) que o governo conseguiu reduzir o Orçamento até € 12,3 bilhões durante os primeiros dez meses de 2012, quase a metade do que foi gasto no mesmo período de 2011 (€ 21,1 bilhões). "Demos mais um passo em direção ao objetivo nacional: conseguir superávit primário em 2013", afirmou.
FUTURO
O resultado da votação será avaliado na reunião dos 17 ministros de Finanças da zona do euro, segunda-feira (12). Contudo, além do que será ratificado, o grupo "não prevê um acordo" com a Grécia para o desbloqueio de € 31,2 bilhões de euros, um lote do segundo pacote de ajuda acordado pela UE (União Europeia) e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
Os principais credores da Grécia --Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI-- resistem a seguir entregando mais fundos ante os temores de que o país não consiga reduzir a carga da dívida.
A sustentabilidade da dívida grega (120% de seu PIB em 2020) é a condição imposta pelo FMI para seguir no programa de resgate grego.
Devido à demora dos sócios em tomar uma decisão, a Grécia anunciou recentemente que emitirá novas letras, com vencimento de um mês a três meses. Um bom resultado das emissões poderá salvar o país de um default iminente, caso não obtenha a ajuda de seus sócios a tempo.
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