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Dalai-lama pede que China investigue autoimolações de tibetanos
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DA REUTERS, EM TÓQUIO
O dalai-lama, líder espiritual do Tibete no exílio, pediu nesta terça-feira a parlamentares japoneses que visitem sua região, e disse que a China deveria investigar dezenas de autoimolações de tibetanos.
Em discurso, o ganhador do Nobel da Paz reiterou o pedido a Pequim, em meio ao Congresso do Partido Comunista que definirá as novas lideranças chinesas.
"Sempre peço ao governo chinês: por favor, agora, investiguem minuciosamente. Qual é a causa desse tipo de coisa triste".
Desde março de 2011, cerca de 60 tibetanos atearam fogo a si próprios em protesto contra o domínio chinês em sua região, sendo oito na última semana. O líder espiritual diz ser a favor de mais autonomia para o Tibete, mas não da independência.
Pequim diz que a região, sob seu controle desde 1959, é parte integral da China, e que outros países que recebem o dalai-lama estão interferindo indevidamente em assuntos internos chineses.
"O Dalai Lama é um exilado político que há muito tempo se envolve em atividades separatistas anti-China à guisa de religião", disse Hong Lei, porta-voz da chancelaria chinesa, em conversa diária com jornalistas.
ILHAS DISPUTADAS
A visita do dalai-lama ao Japão acontece em meio à disputa entre Pequim e Tóquio pelo controle de um arquipélago no mar do Leste da China. A estada do líder espiritual do Tibete foi motivo de reclamação de Hong Lei.
"O governo japonês tem sido conivente com as atividades separatistas do Dalai Lama e com as forças de extrema-direita japonesas, o que vai contra o princípio e o espírito das relações estratégicas de mútuo benefício entre China e Japão".
Enquanto o Partido Comunista realiza um congresso que está definindo a sucessão no regime chinês, o que acontece a cada dez anos, o dalai-lama voltou a pedir reformas no país, citando como exemplo a liberalização econômica implementada há três décadas pelo dirigente Deng Xiaoping.
"Sempre expresso que os líderes deveriam seguir o conselho de Deng Xiaoping: buscar a verdade a partir do fato. Isso é importantíssimo", afirmou.
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