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Futuro presidente chinês, Xi Jinping pede vigilância contra a corrupção
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DA REUTERS, EM PEQUIM
O novo secretário-geral do PC chinês e futuro presidente do país, Xi Jinping, pediu aos integrantes do partido que vigilem a corrupção no país, sob o risco do regime comunista desmoronar com a disseminação do problema.
O discurso do futuro chefe de Estado faz parte de uma série de reforços contra as más condutas dentro do Partido Comunista, após os escândalos dos últimos cinco anos.
O mais notável foi o do ex-dirigente de Chongqing, Bo Xilai, que usou a máquina do governo para encobrir a morte do empresário britânico Neil Heywood, morto por sua mulher.
Em reunião do Politburo durante o Congresso do PC chinês, na semana passada, Xi Jinping comparou a corrupção a "vermes se proliferando na matéria em decomposição" -- alusão a um antigo provérbio chinês, segundo o qual a ruína recai sobre os mais fracos.
"Muitos fatos nos dizem que, conforme a corrupção piora, o único resultado será o fim do partido e o fim do Estado! Devemos ser vigilantes!", acrescentou Xi.
"Recentemente, nosso partido teve sérios casos jurídicos e de disciplina de natureza desprezível, os quais tiveram um efeito político ruim e chocaram as pessoas", afirmou, sem citar tais incidentes.
Xi disse que os membros do partido, especialmente seus dirigentes, não devem abusar dos seus cargos para obterem ganhos pessoais, e não estão acima da lei.
As autoridades "devem reforçar sua gestão e seu controle sobre suas relações e aqueles que trabalham com ele", acrescentou Xi.
ESCÂNDALOS
Os meses que antecederam o Congresso e a transição foram marcados pela descoberta de uma série de escândalos de corrupção.
Além de Bo Xilai, que foi expulso do partido, Ling Jihua, que era cotado para o Politburo, foi expurgado após seu filho morrer em um acidente com uma Ferrari. Isso evidenciou a ostentação do integrante do partido, que foi decisiva para determinar sua saída.
No mês passado, o jornal "New York Times" informou que a família do primeiro-ministro Wen Jiabao acumulou US$ 2,7 bilhões em "riquezas ocultas", notícia que o regime chinês qualificou de caluniosa.
No entanto, sem um Judiciário independente, esforços para combater a corrupção quase certamente fracassarão, e o partido, obcecado por ter o controle, não dá sinais de que poderá adotar reformas nesse campo.
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