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20/11/2012 - 06h00

Opinião: O Hamas não deixa outra escolha ao povo israelense

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DANNY AYALON

A carta do Hamas inclui o voto de que "o Dia do Julgamento Final não chegue até que os muçulmanos combatam os judeus (matando os judeus)".

Enquanto muitos focam seu culto à morte, a matança sanguinária de seus adversários ou seu desprezo pelas mulheres, os cristãos e os homossexuais, é esta aspiração ao genocídio que está à raiz das atividades do Hamas.

É esta a razão primordial pela qual o Hamas, o regime governante na faixa de Gaza, nunca reconhecerá nem aceitará um acordo de paz com Israel, sob forma alguma.

Desde que Israel saiu da faixa de Gaza, em 2005, milhares de foguetes choveram sobre as cidades israelenses, numa infração deliberada não apenas da lei internacional, mas de toda humanidade e moralidade.

Embora alguns possam sugerir que o chamado bloqueio é a causa dos ataques, na realidade é a consequência deles. As restrições só foram implementadas anos depois de Israel sair da faixa de Gaza, quando ficou claro que ao invés de construir uma "Cingapura do Oriente Médio", o Hamas estava interessado em armazenar armas vindas de lugares como o Irã.

Ao invés de construir um futuro para seu povo, o Hamas construiu uma prisão a céu aberto para o milhão e meio de habitantes que caíram em suas mãos.

Mas a faixa de Gaza nunca foi o suficiente para uma organização cujo objetivo maior é a aniquilação de Israel e cuja carta começa com o aviso funesto de que "Israel vai existir e vai continuar a existir até que o islã o oblitere, assim como obliterou outros antes dele".

Cada foguete disparado da faixa de Gaza é um crime de guerra duplo. Para começar, os foguetes miram civis; em segundo lugar, são disparados desde áreas civis construídas, com frequência próximas de escolas, mesquitas e hospitais.

E cerca de 10% dos foguetes do Hamas não chegam a Israel, explodindo na faixa de Gaza. Mohammed Sadallah --um garoto de quatro anos morto no sábado, tendo seu corpo sido exibido numa entrevista coletiva à imprensa com Ismail Haniyeh, o líder do Hamas-- muito provavelmente, segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos, foi morto por um foguete errante do Hamas.

Os líderes do Hamas frequentemente declaram que seu povo procura a morte ativamente. Fathi Hamad, um membro sênior do Hamas, afirmou em 2008 que "para o povo palestino, a morte se tornou uma atividade em que as mulheres e as crianças se destacam. Assim, criamos um escudo humano de mulheres, crianças e idosos. Nós buscaremos a morte, assim como vocês [israelenses] desejam a vida."

O Hamas busca a conflagração e a guerra. A morte e a destruição são vistas como um cálculo de ganhar ou ganhar, já que qualquer morte israelense é considerada uma conquista gloriosa e cada morte palestina, a de um "mártir sagrado", garantindo propaganda política muito necessária. Aparentemente, não há mortes suficientes para eles, de modo que a ala militar do Hamas, as Brigadas al Qassam, vêm mandando para fora fotos de massacres na Síria, alegando que as fotos foram feitas na faixa de Gaza.

Não restou a Israel outra alternativa senão arrancar este ninho de ódio e destruição. Nenhuma nação no mundo permitiria que um terço de sua população vivesse com medo constante de disparos incessantes vindos de um território vizinho.

Nosso governo praticou a restrição. Demos tempo à comunidade internacional para agir. Mas houve um silêncio ensurdecedor, mostrando aos israelenses que tínhamos que entrar em ação para proteger nossos cidadãos.

Aqueles que se negam a condenar os ataques a cidadãos israelenses não têm direito de condenar a resposta de Israel para buscar a paz e a calma para seus cidadãos. Essa é a obrigação básica de qualquer nação soberana, e vamos continuar a empreender qualquer ação necessária para alcançar esse fim.

Diante da verdade inegável, a acusação usual é que Israel está reagindo com "força desproporcional" ou impondo um "castigo coletivo".

Exorto a todos os que fazem essa acusação que considerem que Israel já acertou mais de 1.300 depósitos de armas, lançadores de foguetes e outros elementos da infraestrutura terrorista do Hamas. Apesar disso, o número de baixas palestinas continua sendo cerca de uma para cada 13 ataques, sendo a maioria dos mortos membros ativos do Hamas e combatentes.

Israel não vai permitir que as vidas de seus cidadãos sejam postas em risco. A comunidades internacional precisa exortar a liderança palestina na Faixa de Gaza a adotar a mesma abordagem à sua própria população.

Danny Ayalon é vice-ministro das Relações Exteriores de Israel.

Tradução de CLARA ALLAIN

 

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