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Israel bombardeia mais de cem alvos em Gaza durante a madrugada
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Exército de Israel continuou durante a madrugada desta terça-feira sua ofensiva em Gaza com bombardeios contra mais de cem alvos das milícias palestinas, segundo informações militares israelenses.
Entre os pontos bombardeados pela Força Aérea e a Marinha nas últimas horas estão "locais subterrâneos de lançamento de foguetes, túneis terroristas e depósitos de armas", informou o Exército em comunicado.
Também foram atacados "vários edifícios usados por terroristas como centros de comando e controle", assim como "dez túneis utilizados como esconderijos operacionais do Hamas".
Quatro membros de uma mesma família morreram no bombardeio contra uma casa na cidade de Beit Lahiya, no norte de Gaza.
A morte de Fouad Hiyazi, assim como as de seus dois filhos, Suhahib e Mohamad, de 2 e 4 anos, e de sua esposa, Amna, elevou a 107 o número de vítimas fatais palestinas durante a operação "Pilar Defensivo", indicou Ashraf al Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza.
Esse ataque ainda feriu 13 pessoas, incluindo outros membros da família Hiyazi, asseguraram testemunhas.
Em outro bombardeio na zona de Rafah, na fronteira com o Egito, foram mortos dois irmãos adolescentes, Ahmad Tawfiq e Muhamed al Nasara, de 17 e 15 anos, enquanto 14 pessoas ficaram feridas, duas delas com gravidade.
Israel também atacou o Banco Islâmico Nacional, que é usado pelo Hamas para, entre outras coisas, pagar os salários dos 35 mil funcionários da Faixa de Gaza.
O Exército israelense afirma que Gaza "se transformou em uma linha de frente para o Irã", o que obriga os cidadãos de Israel das zonas adjacentes a "viverem em circunstâncias insuportáveis"
CONFLITO
Desde o início do conflito, na quarta, militantes extremistas lançaram mais de 1.150 foguetes, dos quais 664 explodiram dentro de Israel, segundo as autoridades, que confirmaram terem atingido mais de 1.350 alvos militares em Gaza.
Embora 84% dos israelenses tenham apoiado a atual ofensiva a Gaza, de acordo com uma pesquisa do jornal israelense "Haaretz", só 30% queriam uma invasão. Além disso, 19% gostariam que o governo trabalhasse para garantir uma trégua logo.
O Egito --cujo presidente recém-eleito Mohamed Mursi tem raízes na Irmandade Muçulmana, considerada mentora do Hamas-- atua como mediador, no maior teste ao tratado de paz com Israel, estabelecido em 1979, no Cairo, desde a queda do ditador Hosni Mubarak.
Os negociadores egípcios podem estar próximos de alcançar um acordo entre Israel e os palestinos para parar com o confronto, disse o primeiro-ministro de Mursi, Hisham Kandil. "Acho que estamos perto, mas a natureza desse tipo de negociação indica que é muito difícil de prever", Kandil disse em uma entrevista no Cairo.
Israel autorizou a convocação de até 75 mil militares reservistas, e até agora mobilizou cerca de metade deles.
IRÃ
O presidente de Israel, Shimon Peres, acusou na segunda-feira (19) o Irã de encorajar os palestinos a continuar com os ataques de foguetes a Israel ao invés de negociar um cessar-fogo, afirmando que "eles estão fora de si."
Ao mesmo tempo, Peres elogiou o presidente do Egito, Mohamed Mursi, pelo papel construtivo que desempenhou com a intensificação da crise.
"Desagradáveis são os iranianos. Eles estão tentando encorajar novamente o Hamas a continuar o tiroteio, o bombardeio, estão tentando enviar armas para eles," disse Peres em entrevista à CNN.
Peres disse que Israel não teve escolha a não ser travar sua ofensiva contra o Hamas em Gaza, a despeito do aumento das mortes de civis, citando os, segundo ele, 1.200 mísseis lançados do território nos últimos seis dias.
"Em um minuto, se eles pararem de atirar, não haverá mortes," disse ele.
Ao destacar o Irã, Peres disse, "Não vamos entrar em guerra com o Irã, mas estamos tentando evitar o carregamento de mísseis de longo alcance que o Irã está enviando ao Hamas."
"O Irã é um problema, um problema mundial, não apenas como um perigo nuclear, mas também como um centro de terror mundial".
"Eles financiam, treinam, enviam armas, incitam, nenhuma responsabilidade, nenhuma consideração moral", disse Peres.
Questionado se uma guerra terrestre em Gaza era inevitável, Peres disse que ele tem esperança que haverá um cessar fogo.
"As negociações continuam. É difícil para todas as partes, mas não terminaram e a melhor opção para todos nós é parar de atirar," disse ele.
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