Publicidade
Publicidade
À ONU, palestinos acusam Israel de "crime de guerra" por colônias
Publicidade
DA REUTERS
DE SÃO PAULO
Em uma carta à ONU (Organização das Nações Unidas), os palestinos acusaram Israel de planejar novos "crimes de guerra" ao expandir seus assentamentos em territórios palestinos ocupados e advertiram que o Estado judeu precisa ser responsabilizado.
Na carta endereçada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao Conselho de Segurança, o corpo mais poderoso da organização, a delegação palestina afirma que Israel se comporta "de maneira desonesta, hostil e arrogante, contrariando todos os princípios e regras da lei internacional e reagindo com desprezo à vontade da comunidade internacional".
"Uma mensagem clara deve ser enviada a Israel: de que todas essas políticas ilegais precisam ser interrompidas ou será responsabilizado e terá de arcar com as consequências das violações e obstrução aos esforços de paz", escreveu o observador palestino na ONU, Riyad Mansour, na carta com data de segunda-feira (3).
Na sexta (30), Israel anunciou a construção de 3.000 novas unidades habitacionais em regiões da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental ocupadas. O anúncio veio um dia depois da votação na ONU que deu à Palestina o status de Estado observador não membro, num claro gesto de retaliação. Crítico da medida, Israel foi um dos nove países que votaram contra. Outros 138 países disseram sim, incluindo o Brasil, e 41 se abstiveram.
O status de Estado observador, semelhante ao do Vaticano, não garante direito a voto. Mas a liderança palestina conta com ele para poder se filiar a agências multilaterais, ampliar a ação diplomática e fortalecer a sua posição internacional diante de Israel.
Uma das possibilidades abertas é a de os palestinos recorrerem ao TPI (Tribunal Penal Internacional), sediado em Haia, contra Israel.
COLÔNIAS
Boa parte da comunidade internacional considera ilegal a presença israelense em território palestino. Há também argumento de que as construções acabarão por inviabilizar a solução de dois Estados, ou seja, a convivência, ao lado de Israel, de um Estado palestino com capital em Jerusalém Oriental.
Em especial, preocupa a situação de um assentamento, chamado de E1, que, se concretizado, dividirá a Cisjordânia em duas.
O anúncio das construções não foi a única represália anunciada por Israel. O governo de Binyamin Netanyahu também decidiu não repassar US$ 100 milhões (R$ 213 milhões) arrecadados em impostos, em nome da ANP (Autoridade Nacional Palestina), de Mahmoud Abbas, neste mês de novembro. O montante representa até 50% do exíguo orçamento palestino.
+ Canais
- Conheça a página da Folha Mundo no Facebook
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
+ Leia mais
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice