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04/12/2012 - 15h36

À ONU, palestinos acusam Israel de "crime de guerra" por colônias

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DA REUTERS
DE SÃO PAULO

Em uma carta à ONU (Organização das Nações Unidas), os palestinos acusaram Israel de planejar novos "crimes de guerra" ao expandir seus assentamentos em territórios palestinos ocupados e advertiram que o Estado judeu precisa ser responsabilizado.

Na carta endereçada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao Conselho de Segurança, o corpo mais poderoso da organização, a delegação palestina afirma que Israel se comporta "de maneira desonesta, hostil e arrogante, contrariando todos os princípios e regras da lei internacional e reagindo com desprezo à vontade da comunidade internacional".

"Uma mensagem clara deve ser enviada a Israel: de que todas essas políticas ilegais precisam ser interrompidas ou será responsabilizado e terá de arcar com as consequências das violações e obstrução aos esforços de paz", escreveu o observador palestino na ONU, Riyad Mansour, na carta com data de segunda-feira (3).

Na sexta (30), Israel anunciou a construção de 3.000 novas unidades habitacionais em regiões da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental ocupadas. O anúncio veio um dia depois da votação na ONU que deu à Palestina o status de Estado observador não membro, num claro gesto de retaliação. Crítico da medida, Israel foi um dos nove países que votaram contra. Outros 138 países disseram sim, incluindo o Brasil, e 41 se abstiveram.

O status de Estado observador, semelhante ao do Vaticano, não garante direito a voto. Mas a liderança palestina conta com ele para poder se filiar a agências multilaterais, ampliar a ação diplomática e fortalecer a sua posição internacional diante de Israel.

Uma das possibilidades abertas é a de os palestinos recorrerem ao TPI (Tribunal Penal Internacional), sediado em Haia, contra Israel.

COLÔNIAS

Boa parte da comunidade internacional considera ilegal a presença israelense em território palestino. Há também argumento de que as construções acabarão por inviabilizar a solução de dois Estados, ou seja, a convivência, ao lado de Israel, de um Estado palestino com capital em Jerusalém Oriental.

Em especial, preocupa a situação de um assentamento, chamado de E1, que, se concretizado, dividirá a Cisjordânia em duas.

O anúncio das construções não foi a única represália anunciada por Israel. O governo de Binyamin Netanyahu também decidiu não repassar US$ 100 milhões (R$ 213 milhões) arrecadados em impostos, em nome da ANP (Autoridade Nacional Palestina), de Mahmoud Abbas, neste mês de novembro. O montante representa até 50% do exíguo orçamento palestino.

 

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